VIENA - A Suíça ampliou a proibição de importação de carne de quatro para 21 unidades processamento brasileiras, como parte de medidas de segurança em toda a Europa, disseram autoridades suíças neste domingo.
Os peritos veterinários da União Euroéia (UE) recomendaram o reforço dos controles sobre as importações de carne do Brasil na sexta-feira, após denúncias da Polícia Federal sobre supostas propinas pagas para venda de produtos sem inspeção, no âmbito da operação Carne Fraca.
Chefes dos serviços veterinários dos 28 Estados-membros da União Europeia reuniram-se em Bruxelas para discutir uma resposta da UE ao escândalo e ao risco de carne podre ou contaminada entrarem no bloco.
“A extensão da proibição é uma resposta às medidas europeias, visando impedir que a carne chegue ao território da União Europeia via Suíça”", disse uma porta-voz do escritório suíço de segurança alimentar e veterinária.
A Suíça proibiu na terça-feira as importações de quatro fábricas brasileiras de processamento de carnes. Não ficou imediatamente claro quanta carne a Suíça importa do Brasil.
O comissário europeu Vytenis Andriukaitis, responsável pela saúde e segurança alimentar, estará no Brasil na segunda-feira para discutir o assunto com o ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi.
Reabertura
China, Egito e Chile anunciaram no sábado a reabertura de seus mercados para a importação de carne brasileira, movimentos que foram comemorados pelo governo brasileiro, que se mobilizou nos últimos dias para tentar diminuir o dano às exportações após escândalo envolvendo a fiscalização dos produtos no Brasil.
Juntos, os três países receberam 20,7 por cento de total de exportações brasileiras de carne em 2016. A China foi o maior mercado, com 12,6 por cento do total - ou 1,75 bilhão de dólares.
O país havia divulgado uma suspensão temporária das importações na segunda-feira, após as denúncias da Polícia Federal sobre supostas propinas pagas para venda de produtos sem inspeção, no âmbito da operação Carne Fraca.
Agora, os produtos brasileiros poderão voltar a ser importados pela China, com exceção daqueles provenientes dos 21 frigoríficos sob suspeita, cujas licenças de exportação já haviam sido suspensas pelo governo brasileiro.
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