Descaso

Casarão em ruínas na Rua do Sol é perigo para transeuntes

Fitas de interdição colocadas na calçada foram parcialmente retiradas e o acesso de pedestre está livre no local, onde prédio pode cair

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Casarão está comprometido
Casarão está comprometido (Casarao)

Parte da parede de um prédio, na Rua do Sol esquina com Travessa da Passagem, no Centro de São Luís, desabou no sábado, 18, e nada foi feito para para contornar o problema., permanecendo o entulho na calçada até este fim de semana. As fitas de interdição do espaço foram parcialmente retiradas o acesso de pedestre está livre no local. O pior é o que os entulhos seguem caindo na rua e as pessoas passam no local sem nem mesmo terem consciência de que correm risco ao passarem ali perto.

O risco de desabamento é grande, não apenas por causa da idade do casario, proveniente do século XVIII, mas também por causa das técnicas de construção usadas à época. As paredes são feitas de pedra e barro, o que facilita a infiltração e aumenta os riscos de desabamento de telhados e paredões.

Ali do lado, outro prédio também está em condições precárias. Durante vários anos ele serviu de sede da Secretária de Planejamento do Governo do Estado, mas em novembro de 2015, sofreu um incêndio que destruiu toda a estrutura. Não houve vítimas, apenas perdas materiais, mas o que sobrou do prédio foi apenas a fachada e as portas foram lacradas, com tijolos, para se evitar o acesso de curiosos, e outras pessoas.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, hoje existem 24 outros prédios, no Centro Histórico da capital, que estão em condições de risco. A maioria deles está com paredes quebradas e escorados por pedaços de madeiras ou andaimes, também foram lacrados para se impedir o acesso. Uma preocupação é que, na maioria dos casos, os imóveis estão ocupados, principalmente por pessoas em situação de rua e usuários de drogas.

A Rua da Palma é a que possui o maior número de imóveis nestas condições. Segundo relatório da Defesa Civil, na Rua da Palma, até o ano passado nove casarões estavam em situação de risco. Agora, somente sete estão na lista.

Icônicos são os casarões 468 e 489. O primeiro está com as portas e janelas vedadas com tijolos para impedir a entrada de pessoas. No outro, escoras de madeira ajudam a estabilizar o que ainda resta do prédio colonial.

MAIS

A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informou, em nota, que o prédio localizado na Rua do Sol sofreu com um desprendimento de reboco da fachada, e que agentes da Defesa Civil Municipal estiveram no local no dia 20, e interditaram o prédio, evitando a passagem de pedestres no local. A Defesa Civil informou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) seria informado sobre o ocorrido para que acionasse o proprietário do prédio.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.