SÃO PAULO - O total de atracações de navios nos portos brasileiros em 2016 chegou a 54,973 mil unidades, número 7,5% menor que em 2015. "Os navios são maiores, com maior profundidade e podem levar mais carga", disse o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, durante apresentação dos números apresentados hoje. No entanto, a movimentação total nos portos chegou a 998,068 milhões de toneladas, uma queda de 1% em relação ao verificado em 2015.
Desse montante, 628,7 milhões de toneladas dizem respeito a granéis sólidos, uma retração de 0,7% ante o ano anterior, enquanto outras 218 milhões de toneladas correspondem a granéis líquidos, uma diminuição de 3,8% na mesma base de comparação. A carga geral solta, por sua vez, aumentou 7,2% no ano passado em relação a 2015, para 51,3 milhões de toneladas. Já a movimentação de contêineres chegou a 100,1 milhões, uma queda de 0,5% na comparação anual.
Questionado sobre o avanço no indicador de carga geral solta, o o diretor-geral da Antaq destacou que a linha foi beneficiada pelo "incremento forte" na movimentação de celulose. Dentre as principais mercadorias movimentadas, a entidade destaca que a soja responde por 61,9 milhões de toneladas, uma queda de 3,2% ante 2015. Já a movimentação de milho somou 21,4 milhões de toneladas, uma retração de 37,5% na base anual, segundo Tokarski, influenciada pela safra fraca da commodity no segundo semestre de 2016.
A Antaq ainda informa que a movimentação de carnes em 2016 chegou a 6,3 milhões de toneladas (-4% ante 2015) e que a movimentação de açúcar somou 26,4 milhões de toneladas (+9,2%). "Basicamente, a variação da cotação do açúcar incentivou a indústria a produzir mais do que álcool", disse Tokarski.
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