PF deflagra Operação Vetores, prende 4 e conduz 4 envolvidos
Meta da Polícia Federal era executar 18 mandados judiciais - quatro de prisão temporária e quatro de condução coercitiva – além de 10 de busca e apreensão em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Godofredo Viana
SÃO LUÍS - Dezoito mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, quatro de condução coercitiva, e 10 de busca e apreensão foi o resultado da Operação Vetores deflagrada ontem pela Polícia Federal (PF) em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Godofredo Viana. A ação visou combater mais uma vez a concessão de benefícios previdenciários fraudulentos no estado. Ontem, quatro pessoas foram presas e quatro conduzidas até a sede da Polícia Federal, na Cohama, para prestarem esclarecimentos sobre o caso e os documentos apreendidos para serem analisados.
Segundo a polícia, essa empreitada criminosa gerou inicialmente a concessão de 22 benefícios ilegais e poderia causar prejuízo de aproximadamente R$ 28 milhões ao cofre da União, levando em consideração a expectativa de vida média da população brasileira que no momento é de 75 anos.
Essas informações foram divulgadas durante entrevista concedida ontem na sede da Polícia Federal, pelo delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF, Fabrício Rocha. Ele informou que esse trabalho foi executado por uma força tarefa composta por policiais federais, representantes do Ministério Público Federal e da Previdência Social.
O delegado disse que o trabalho investigativo vem sendo desenvolvido desde 2012 e a PF acabou constatando esse esquema fraudulento, no Maranhão. Os criminosos conseguiam inserir de forma extemporânea vínculos trabalhistas fictícios no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que eram transmitidos por meio de Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Informações à Previdência Social (GFIP) irregulares, que serviam de base para a concessão de benefícios previdenciários ilegais.
A ação criminosa contava com a participação de sócios, administradores e contadores das empresas transmissoras de GFIP: Hallc Construções e Serviços; Roberto S. Guterres Comércio e Manutenção Eletromecânica e a Recursos Humanos e Serviços (RHS). Também no decorrer da investigação foi constada, inicialmente, a concessão de 22 benefícios ilegais e prejuízo à União no valor de R$ 1,35 milhões, mas, o prejuízo poderia ter sido de R$ 28 milhões, levando a expectativa média de vida dos brasileiros.
Ainda segundo Fabrício Rocha, o trabalho de investigação vai continuar sendo desenvolvido pela Polícia Federal, pois, há suspeita de haver mais 74 benefícios ilegais e a participação de mais pessoas envolvidas nesse esquema criminoso. “Um dos benefícios fraudulentos foi em torno de R$ 5 mil”, declarou o delegado.
A Operação Vetores contou com a participação de 40 policiais federais e de um servidor da área de inteligência da Previdência Social e da Assessoria de Pesquisa Estratégica e Gerenciamento de Riscos (Apegr).
O delegado disse que os envolvidos foram indiciados pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa, cujas penas máximas acumuladas podem chegar a 20 anos de prisão.
Outras ações
No mês de outubro do ano passado, a força tarefa executou a 2ª etapa da Operação Casa Cheia, na capital, e conseguiu prender duas pessoas e deu cumprimento a um mandado de condução coercitiva e nove de busca e apreensão.
O trabalho teve a finalidade de reprimir crimes previdenciários e a organização criminosa, que vem fraudando benefícios de amparo social ao idoso desde 2011. O prejuízo aos cofres públicos da União gira em torno de R$ 1,65 milhão.
Os presos não tiveram seus nomes divulgados pela polícia. Eles foram encaminhados para a PF, e logo após terem sido ouvidos, foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
A assessoria de comunicação da Polícia Federal informou que a investigação se concentrou na atuação dos intermediários e agenciadores de benefícios fraudulentos, que fazem parte de uma associação criminosa especializada em fraudes previdenciárias, com atuação no bairro Anjo da Guarda.
Saiba mais
Qual a razão do nome ser Vetores
O nome da Operação Vetores é uma alusão à terminologia médica da área de epidemiologia, que tem como significado o ser vivo capaz de transmitir um agente infectante, em uma referência aos responsáveis pela transmissão de vínculos empregatícios irregulares.
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