Denúncia

Deputado aponta obras paralisadas pela Prefeitura após a eleição de 2016

Dentre as obras apontadas por Braide estão a de ampliação do Hospital da Criança e o programa Mais Asfalto, além de falta de investimentos em escolas e postos de saúde

Ronaldo Rocha - Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Reportagem de O Estado serviu de base para Braide
Reportagem de O Estado serviu de base para Braide

O deputado estadual Eduardo Braide (PMN) listou uma série de obras e ações da Prefeitura de São Luís que, segundo ele, foram paralisadas após o fim da eleição de 2016. O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) foi reeleito naquele pleito.

A manifestação de Braide ocorreu por meio de seu perfil em rede social. O parlamentar publicou a imagem de uma reportagem da edição do dia 6 deste mês de O Estado, que tratava da paralisação das obras de ampliação do Hospital Odorico Amaral de Matos (Hospital da Criança). No texto, ele elencou uma série de falhas na administração pública.

“O encanto acabou. A ilha da fantasia não existe mais. Diferente de tudo que aparecia na propaganda eleitoral do prefeito, São Luís - após o dia 30 de outubro de 2016 - teve um encontro com a realidade”, comentou, logo abaixo da imagem.

Eduardo Briade listou uma série de obras paralisadas após a eleição
Eduardo Briade listou uma série de obras paralisadas após a eleição

Braide fez uma lista, da letra A a letra I, com ações de responsabilidade Prefeitura de São Luís que deixaram de ser feitas após a eleição do ano passado. São críticas à atuação do município nas áreas de infraestrutura, saúde, educação, cultura e tecnologia.

“As obras do Hospital da Criança foram paralisadas; as máquinas de asfalto que trabalhavam durante a madrugada, desapareceram dos bairros; o lixo e os buracos estão por toda a cidade; vigilantes estão com salários atrasados; alunos ficaram sem aulas por falta de merenda escolar; a Cultura até hoje não pagou os eventos do Carnaval e São João do ano passado como acertado em pleno período eleitoral; o wi-fi não foi instalado nos ônibus e nem os 210 veículos com ar-condicionado conforme prometido chegaram até o fim de 2016; faltam água, materiais e remédios básicos nos hospitais e postos de saúde. São inúmeras as denúncias de quem precisa dos serviços e pacientes estão sendo retirados da Santa Casa por falta de pagamento da prefeitura”, disse.

Conclusões - Após o levantamento das obras e serviços paralisados, Eduardo Braide apontou conclusões.

Para ele, a parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís foi feita com “prazo de validade: 30 de outubro de 2016”.

“O prefeito não pode mais usar a desculpa de ‘herança maldita’ para não trabalhar, pois recebeu a Prefeitura dele mesmo. A reeleição do prefeito custou caro. E o mais triste é ver que quem está pagando é o povo”, completou.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, e pediu esclarecimentos à Secretaria de Comunicação. Até o fechamento desta edição, contudo, não houve respostas.

Entre o Governo do Estado e a Prefeitura houve somente uma "parceria eleitoral" com prazo de validade: 30 de outubro de 2016Eduardo Braide, deputado estadual pelo PTN

Na eleição, Edivaldo prometeu conclusão de obras em São Luís

No mês de outubro do ano passado, dias antes da realização do segundo turno da eleição municipal, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), então candidato à reeleição, assegurou, na Sabatina O Estado, a continuidade das obras de ampliação do Hospital da Criança, situado no bairro da Alemanha, na capital.

Na ocasião, Edivaldo também assegurou a continuidade das obras do Programa Mais Asfalto, realizado em parceria com o Governo do Estado, a entrega de mais de 200 novos ônibus entre os meses de novembro e dezembro e investimento nas unidades de saúde de São Luís.

Questionado, na ocasião, sobre os motivos que levaram à mudança de prazos para entrega da reforma do Hospital da Criança e da maternidade na Cidade Operária, ele apontou a crise econômica do país como um dos fatores. As obras deveriam ter sido entregues no mês de junho e julho, respectivamente, do ano passado.

“Na política, estamos sujeitos a fatos alheios à nossa vontade. Com a crise econômica houve mudança nos prazos. Se Deus permitir e a população também e se for reeleito, farei as entregas até o fim do ano que vem”, garantiu.

Edivaldo foi reeleito e já exerce novo mandato de 4 anos. Ele fica à frente da administração municipal até dezembro de 2020.

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