O desmatamento do bioma Caatinga foi reduzido nos biênios 2009-2010 e 2010-2011. A Caatinga é o único bioma totalmente brasileiro, isto é, o único domínio florestal que não divide espaço com nenhum outro país. Isso significa que algumas características regionais desse bioma não são encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Ocupa cerca de 10% do território brasileiro, com uma área de 844.400 quilômetros quadrados, estendendo-se pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e uma pequena porção ao norte de Minas Gerais.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou dados relativos ao desmatamento na Caatinga. Os relatórios técnicos são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS). A medida dá continuidade à divulgação de série de mapeamentos dos Cerrado, Pampa, Pantanal e Mata Atlântica, também produzidos pelo projeto.
Houve redução significativa no desmatamento da Caatinga, segundo o levantamento, realizado pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os dados foram validados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido), de Petrolina (PE), com resultados dentro do padrão de qualidade desejado, isto é, precisões globais de 71 e 74 %, respectivamente, para 2009-2010 e 2010-2011.
O projeto já lançou, até o momento, dados dos anos de 2002-2008 e 2008-2009 para Caatinga, Cerrado, Pampa, Pantanal e Mata Atlântica, e de 2009-2010 e 2010-2011 para o Cerrado – divulgados em 2015. Ainda serão lançados os números do desmatamento do ano de 2009-2010 para Pampa, Pantanal e Mata Atlântica, e de 2010-2011 para Pampa e Pantanal.
O projeto foi criado por meio de acordo de cooperação firmado entre o MMA e o Ibama para a realização do monitoramento sistemático da cobertura vegetal dos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. O objetivo é quantificar desmatamentos de áreas com vegetação nativa, embasar ações e políticas de prevenção e controle de desmatamentos ilegais e subsidiar políticas públicas de conservação da biodiversidade e de mitigação da mudança do clima.
O projeto usa como referência os mapas de cobertura vegetal dos biomas brasileiros produzidos pelo MMA/PROBIO (Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira) e publicados em 2007 (cujo ano-base das imagens foi de 2002). Iniciado em 2008, o projeto se encerrou, sendo que os mapeamentos a serem lançados estão em fase final de validação.
Em 2015, foi lançada a Portaria nº 365, que institui o Programa de Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros (PMABB), com o objetivo de mapear e monitorar o desmatamento, a cobertura vegetal, o uso das terras, a área queimada, os focos de queima, as áreas em recuperação e a extração seletiva. Assim sendo, dados de desmatamento produzidos pelo PMDBBS serão agora gerados pelo PMABB.
Origem
A palavra caatinga, é indígena, de origem tupi, e quer dizer "mata branca", "mata rala" ou "mata espinhenta". Recebeu esse nome dos índios que habitavam a região porque durante o período de seca a vegetação fica esbranquiçada, quase sem folhas. A Caatinga é encontrada no sertão, dominando a maior parte do nordeste.
As árvores que caracterizam a caatinga possuem folhas pequenas, cobertas com um tipo de cera. Muitas dessas plantas apresentam espinhos. Suas raízes são profundas, para que elas encontrem na terra a umidade necessária para viver. Plantas típicas dessa vegetação são o cacto, a palma, o xiquexique, o mandacaru, a aroeira, o umbuzeiro, o juazeiro e o caroá.
Mais
Vegetação da Caatinga
Muitas das plantas da Caatinga têm capacidade de reter água no caule e nas folhas, o que acaba servindo para matar a sede de pessoas e animais quando a seca se prolonga muito.
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