ICMS

Max Barros diz que o Projeto do ICMS deveria ter sido tratado com mais diálogo

Deputado destacou rapidez da tramitação e defendeu que houvesse maior interação com Associação Comercial, Fiema, sindicatos dos trabalhadores e população

Agência Assembleia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Max Barros aponta que assunto merecia debate mais consistente
Max Barros aponta que assunto merecia debate mais consistente (Max Barros)

Durante a discussão sobre o projeto de aumento do ICMS no Maranhão, o deputado estadual Max Barros (PRP) também avaliou que faltou diálogo por parte do governo Flávio Dino (PCdoB) antes da aprovação da matéria.

Ele destacou a rapidez da tramitação e defendeu que houvesse maior interação do Executivo com a Associação Comercial, a Fiema, os sindicatos dos trabalhadores e a população.

Para o parlamentar a tramitação foi equivocada e diminuiu a Casa e os parlamentares. Ele ressaltou que o agravante é foi aumentando o imposto de todos os trabalhadores maranhenses, já que se trata de duas áreas afetadas pelo imposto que são de uso diário de todos os maranhenses, o combustível e a energia elétrica.

Sobre o argumento de finanças comprometidas, Max Barros lembrou o fato de o governo ter encontrado as contas saneadas, com uma margem de segurança razoável, fruto do trabalho da gestão anterior. “Primeiro, encontrou sim o Estado, em termos de instituição pública, enxuto. É importante a relação entre a folha de pagamento e a receita líquida, que era de 38%, podendo chegar até a 50%. É importante a relação entre a receita e a receita líquida que é hoje em torno de 60%, podendo chegar até a 200% para pedir empréstimo. Então o Estado tem saúde financeira, porque herdou do governo anterior essa saúde financeira e porque está mantendo essa saúde financeira”, disse.

Além das finanças equilibradas, o parlamentar pontuou o fato de a previsão orçamentaria do estado já conta com um aumento de receita de cerca de 10%, já que em 2016 o o estado vai concluir 2016 arrecadando 16 bilhões e meio, enquanto que, para 2017, a previsão de arrecadação é de 18,261 bilhões, número superior à inflação, considerando-se, portanto, um aumento real de receitas.

Sem crise - Max Barros afirmou que não existe crise financeira no estado, que possui R$ 2,5 bilhões para fazer investimentos, recursos oriundos de um empréstimo do BNDES, conseguidos no Governo anterior, além de outros recursos de empréstimos e da repatriação.

“Esse dinheiro quem está gastando é o atual governo, e faz muito bem gastar, tem esses recursos para utilizar, para fazer investimentos. Nós aprovamos e eu votei a favor e defendi 400 milhões de empréstimos da Caixa Econômica que virão para o governo do Estado do Maranhão e que ele terá também para investir. O Estado recebeu de recurso extraorçamentário R$ 300 milhões da questão da repatriação. Eram recursos que não estavam contabilizados e que chegaram para o orçamento do Estado”, destacou.

O deputado Max disse ainda ficar surpreso que os partidos PT e PCdoB (partido do governador Flávio Dino) defendem medidas anticíclicas, a nível nacional, injetando mais dinheiro na economia, anistiando dívidas, diminuindo impostos, contrário ao que vem sendo feito no Maranhão.

MAIS

O governo reagiu à onda de críticas após o aumento de alíquotas de ICMS de várias faixas de consumo: encaminhou à Assembleia mais um projeto de lei baixando de 18% para 2% o imposto para centros atacadistas. O objetivo é atrair empresas do ramo para o estado e tentar gerar empregos.

Deputado apresentou “alternativa viável”

Max Barros destacou que já propôs, na Assembleia, uma alternativa viável para aumentar a arrecadação, que é a Taxa Mineral, a exemplo do que já existe em outros estados que desenvolvem atividade mineradora.

“Existe aqui, da minha autoria, um projeto que taxa a questão do minério. Minas Gerais, Amapá, Pará, todos esses estados já têm essa taxa que é a taxa sobre o minério, que é o poder de polícia que o estado tem, é uma contrapartida em função da infraestrutura que o Estado oferece para as grandes mineradoras. Então esses estados, o Pará arrecada com essa taxa 600 milhões, o Amapá, um grande recurso, Minas Gerais também, mas e nós estamos abrindo mão desse recurso a que nós temos direito e que outros estados recebem” lembrou.

O deputado também lembrou o fato de o estado estar taxando o trabalhador comum em detrimento de taxar grandes fortunas.

“Em vez de taxar as grandes fortunas, como tem um projeto nesta Casa para taxar as grandes mineradoras que geram receitas em torno de 300 milhões de reais por ano, nós estamos taxando é o trabalhador, o desempregado. É um imposto que atinge toda a população do Maranhão”, lamentou.

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