Prêmio

Bob Dylan não vai a Estocolmo para receber Nobel, diz Academia Sueca

Músico americano disse que tem ''outros compromissos'', afirma instituição; vencedores em todas as categorias receberão prêmios em 10 de dezembro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

Estocolmo - O astro do rock Bob Dylan não irá à Estocolmo para receber seu Nobel de Literatura, anunciou a Academia Sueca, responsável pela premiação, em comunicado citado pela agência Associated Press ontem.

Todos os anos, em 10 de dezembro, os vencedores recebem a condecoração das mãos do rei da Suécia durante uma cerimônia na sede do governo do país e fazem um discurso. A Academia afirmou que o músico americano disse que "gostaria de receber o prêmio pessoalmente, mas outros compromissos tornam isso impossível, infelizmente".

Dylan foi anunciado como ganhador do Nobel em 13 outubro, "por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana".

Ele demorou a se pronunciar sobre o prêmio e a Academia chegou a divulgar que havia desistido de entrar em contato com o artista, após várias tentativas. "Se eu aceito o prêmio? É claro", afirmou Dylan, após duas semanas de silêncio, segundo um comunicado divulgado pela instituição sueca no fim de outubro. "A notícia sobre o Prêmio Nobel me deixou sem palavras. Eu agradeço muito por essa homenagem."

Ao ser questionado se pretendia ir à cerimônia de premiação pelo jornal britânico "The Telegraph", ele respodeu: "Absolutamente. Se for possível".

Decisão incomum
A Academia disse que "respeita a decisão de Dylan", acrescentando sua escolha é "incomum, mas não excepcional". Em 2004, o dramaturgo e escritor austríaco Elfriede Jelinek ficou em casa, citando uma fobia social.

Segundo a entidade responsável pelo Nobel, o prêmio continua sendo de Dylan. Ele terá seis meses para recebê-lo, depois do dia 10 de dezembro, de acordo com o regulamento.

Escolha polêmica
Dylan, de 75 anos, é considerado um dos mais importantes nomes da música do século XX. Pelo Nobel, ele poderá receber 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,9 milhões).

A opção do Nobel por um músico – e não por um escritor de ofício – soa incomum e gerou polêmica após o anúncio. O nome de Dylan, porém, vinha sendo cotado havia muitos anos.

Também poeta e com diversos livros lançados, o artista é aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. Neste ano, no entanto, ele não estava entre os favoritos nas casas de apostas.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.