Paz

EUA e Grã-Bretanha pedem cessar-fogo imediato no Iêmen

Apelo ocorreu após reuniões com governo dos Emirados Árabes Unidos e ministro das Relações Exteriores da Arábia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
(Atentados causam morte de 139 pessoas na Síria)

LONDRES
Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha pediram no domingo cessar-fogo imediato e incondicional no Iêmen, para colocar fim à onda de violência entre os houthis, apoiados pelo Irã, e o governo, apoiado pelos países do Golfo Pérsico.

Uma ofensiva liderada pela Arábia Saudita foi duramente criticada depois que um ataque aéreo em um funeral na capital do Iêmen, Sanaa, matou 140 pessoas de acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), e 82 de acordo com os houthis.

No sábado, um almirante norte-americano afirmou que um navio havia sido uma vez mais alvejado no Mar Vermelho no que pode ter sido um ataque frustrado a míssil na costa do Iêmen.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que se os dois lados da luta no Iêmen aceitarem o cessar-fogo, o emissário especial do país na ONU, Ismail Ould Cheikh Ahmed, irá trabalhar nos pormenores do acordo e anunciar quando ele passaria a ter efeito.

"Essa é a hora de implementar um cessar-fogo incondicional e depois ir à mesa de negociação", disse Kerry a jornalistas.

"Não conseguimos dizer o quão urgente é terminar a violência no Iêmen", disse ele após negociar com o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Boris Johnson, e outros diplomatas em Londres.
Kerry lembra que o pedido pelo cessar-fogo foi feito "o mais rápido possível", para tomar efeito "segunda ou terça-feira".

O enviado do Iêmen na ONU disse que estava em contato com o principal negociador dos houthis e o governo do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi. E também afirmou que espera por "planos mais claros" para um cessar-fogo nos próximos dias.

Boris Johnson disse que o conflito no Iêmen estava "causando preocupação crescente na comunidade internacional, as fatalidades são inaceitáveis".

O apelo por um cessar-fogo ocorreu após reuniões em Londres com membros do governo dos Emirados Árabes Unidos e o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir.

SAIBA MAIS

EUA e Rússia negociaram durante quase um ano sobre a Síria em várias reuniões e impulsionaram dois acordos de cessar-fogo em 2016 que duraram poucas semanas. O fracasso se deveu aos diferentes interesses neste conflito complexo, onde estão implicados uma dezena de países.

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