Polêmica

Presidente do sindicato de taxistas se manifesta sobre Uber em SL

Ao ser questionado se há possibilidade de convivência harmônica entre táxis e o novo serviço, Raimundo Medeiros resume: "A classe odeia o Uber"

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Para taxistas, Uber é uma ameaça
Para taxistas, Uber é uma ameaça (uber)

SÃO LUÍS - Em entrevista ao OEstadoMA.com, o presidente do Sindicato dos Taxistas de São Luís, Raimundo Medeiros, comentou o polêmico projeto de lei que proíbe o serviço Uber - plataforma que conecta motoristas e passageiros por meio do smartphone. A Câmara Municipal ainda vai decidir se promulga o texto, mas enquanto isso, o assunto tem sido um dos mais comentados na capital maranhense nos últimos dias.

O representante da entidade afirmou que o projeto de lei de autoria da vereadora Luciana Mendes (PP), que é candidata à reeleição, foi um pedido dos próprios taxistas. No mês de julho, o texto que barra o Uber na capital foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares presentes na sessão. Em seguida, ele foi encaminhado ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) para sanção, o que não ocorreu. Sem apreciação do gestor, a parlamentar solicitou ao presidente da Casa, Astro de Ogum (PR), que ele sancione o projeto.

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De acordo com Raimundo Medeiros, a categoria considera o aplicativo uma ameaça ao serviço de táxi e, por isso, aguarda que o projeto de lei seja sancionado na Câmara Municipal. "O Uber não paga nada para Prefeitura, Detran (Departamento de Trânsito do Maranhão), Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Um taxista tem de pagar R$ 270,00 de aferição e troca de tarifa, R$ 97,00 de imposto sindical, R$ 85,00 para o Detran, além da renovação anual na Smtt (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) e mais mensalidade do sindicato, mais ponto de táxi, que uns pagam uns R$ 50, que é para pagar água, luz, telefone, entre outras coisas", diz.

Ao ser questionado se há a possibilidade de convivência harmônica entre táxis e Uber na capital, o presidente do sindicato resumiu: "A classe odeia o Uber". Para ele, "ficou difícil trabalhar em São Luís. A renda caiu muito e se o Uber entrar, fica difícil para sobreviver". Ele lembra que a categoria já concorre com o táxi lotação (popularmente chamado de "carrinho") e o táxi pirata.

Quem defende a presença do Uber em São Luís diz que seria uma maneira de desafogar o transporte público. Além disso, criticam o serviço de táxi na capital por causa do preço, do sucateamento dos veículos e do tratamento dos taxistas com os clientes. Ele, porém, discorda. "Já houve uma melhora tratamento. Melhorou e já não tenho reclamação de passageiros", considera.

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