Paralimpíadas

Alan Fonteles faz planos para os Jogos no Japão

Após não conseguir vaga nas finais dos 100m e 200m, velocista lamenta erros em suas provas

Amanda Kestelman, Leonardo Filipo e Marcos Guerra/Rio de Janeiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Alan Fonteles corre prova individual na Paralimpíadas//Fernando Maia/MPIX/CPB
Alan Fonteles corre prova individual na Paralimpíadas//Fernando Maia/MPIX/CPB (Alam Fonteles)

RIO DE JANEIRO

A expectativa era grande sobre Alan Fonteles. Afinal, aquele menino que surpreendeu o mundo ao ganhar o ouro nos 200m T44 e desbancar o astro Oscar Pistorius em Londres, agora disputaria a Paralimpíada em casa. No entanto, nem tudo saiu como planejado. Ou melhor, quase nada. Não fosse a prata com o revezamento 4x100m, Alan sairia de mãos abanando após cair nas eliminatórias das suas duas provas individuais. Após encerrar sua participação nos Jogos, o velocista reconheceu o momento ruim justamente no Rio.

“Escutei uma frase: “a sua medalha de Londres ninguém tira de você, a sua história ninguém tira de você”. Sou um ser humano normal, como qualquer um, tenho altos e baixos. Infelizmente meu baixo foi em casa, mas estou saindo com uma medalha de prata. Agora é erguer a cabeça que em quatro anos tem Paralimpíada de novo”, disse.

Plano futuro

Alan Fonteles pensa em 2020. Caso consiga se classificar para Tóquio, irá para sua quarta Paralimpíada seguida. Após Londres, ele ganhou todas as provas que disputou individualmente no Mundial de 2013, na França. Depois, optou por tirar um período sabático e nunca mais recuperou sua forma física. Chegou a pesar 74kg, sem suas próteses - seis a mais do que considera o seu ideal.

Com a medalha do revezamento garantida segunda-feira, Alan disse que não se incomoda com as críticas e que veio para o Rio disposto a ''dar a cara para bater''. Em seguida, voltou a reconhecer o que classificou como erro tático nos 100m e reforçou que sentiu uma fisgada na coxa nos 200m.

“Vim para a Paralimpíada para fazer o meu melhor. Fiz uma tática errada nos 100m, que acabou me deixando fora da final. Infelizmente também não me classifiquei nos 200m por conta da lesão que sofri. Passei na fisioterapia um dia inteiro para poder estar no revezamento e brigar por uma medalha em casa”.

O velocista disse que, a partir de agora, começa a estudar como será sua preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Alan ainda não tem detalhes de como fará sua caminhada até 2020. No entanto, tem uma certeza: um novo período sabático está descartado.

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