Paralimpíadas

Petrúcio se vê longe de correr 100m abaixo de 10s: outra vez

Com 10s57 no Rio, brasileiro iguala segunda melhor marca dentre os recordistas mundiais paralímpicos dos 100m, atrás somente do irlandês Jason Smyth (10s46)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Petrúcio Ferreira comemora a vitória nos 100m T47 nos Jogos Paralímpicos Rio 2016/Fotos/Alexandre Urch/MPIX/CPB
Petrúcio Ferreira comemora a vitória nos 100m T47 nos Jogos Paralímpicos Rio 2016/Fotos/Alexandre Urch/MPIX/CPB (Petrúcio Ferreira)

RIO DE JANEIRO

Não importa a categoria, jamais um atleta paralímpico conseguiu correr os 100m rasos abaixo dos 10 segundos. Campeão da prova na categoria T47 na Paralimpíada do Rio domingo, Petrúcio Ferreira acredita que essa marca está longe de ser batida no paradesporto. Mesmo vivendo uma evolução constante, o paraibano de 19 anos, que ainda está no seu terceiro ano de carreira, é humilde e mantém os pés no chão ao falar sobre o tema.

Na história do atletismo paralímpico, Jason Smyth, da categoria T13, tem o menor tempo dentre os atuais recordistas mundiais dos 100m: 10s46. Petrúcio correu para 10s57 a final da T47 na Paralimpíada do Rio. É o mesmo tempo do recorde mundial de Alan Fonteles na classe T43.

Questionado sobre correr abaixo de 10 segundos e estar próximo de se tornar o atleta com deficiência mais rápido do mundo, o paraibano explicou que o objetivo, pelo menos por enquanto, é fazer um tempo menor que 10s50.

“Conseguir correr na casa dos 10 segundos baixo eu diria que aí já é um pouquinho mais de treino. Gostei de ser comparado a um dos melhores atletas da atualidade do esporte paralímpico (Jason Smyth). Como eu tenho pouco tempo que entrei no atletismo, quem sabe que, com um pouco de treinamento, eu não chegue nesse resultado aí? E quem sabe eu consiga... não chegar abaixo dos 10s, porque isso já é um pouco pesado, mas quem sabe eu não chegue na casa dos 10 segundos baixo. Eu ficaria bastante feliz”, comentou o corredor brasileiro, que começou a praticar o atletismo em 2014 e agora sonha disputar a Olimpíada.

O desempenho recente de Petrúcio mostra que o atleta está em grande evolução. Em 2015, venceu o Open de atletismo com 10s87 e levou o ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto com 10s77. Em 2016, depois de quatro meses de uma lesão que o tirou do Mundial de Doha, ele foi de 11s26 no Circuito Brasileiro (março) a 10s85 no Open (maio). Chegou setembro e ele correu a eliminatória da Paralimpíada do Rio para 10s67, pulverizando o recorde mundial que durava mais de 20 anos. No dia seguinte, voou baixo para agarrar o ouro na marca inédita de 10s57.
Em Jogos Olímpicos, o tabu dos 10 segundos foi quebrado há quase 50 anos. Jim Hines entrou para a história como o primeiro homem a correr os 100m rasos abaixo dessa marca na Cidade do México 1968. O jamaicano Usain Bolt é o atual tricampeão olímpico e recordista mundial da prova com a marca de 9s58. A melhor marca de um brasileiro nos 100m é de Robson Caetano, do ano de 1988. l

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