Discurso

Deputado federal critica Flávio Dino e "presidente pelego" do sindicato dos professores

Deputado federal Hildo Rocha (PMDB) usou a tribuna do plenário da Câmara, nesta terça-feira (13), para reprovar a gestão da educação no estado

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

BRASÍLIA - O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) usou a tribuna do plenário da Câmara, nesta terça-feira (13), para reprovar a gestão da educação do governador Flávio Dino (PCdoB) e também criticar o presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), Júlio Pinheiro, que hoje concorre a vice-prefeito na chapa do prefeito candidato à reeleição Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

Em discurso, Rocha afirmou que Dino não tem valorizado os professores da rede estadual. "Exemplo cabal disso é a falta do reajuste do salário dos profissionais do magistério do Maranhão. Eles têm direito a 11,36% e o governador Flávio Dino insiste em não pagar, embora, no começo do ano, o Ministério da Educação já tenha repassado o valor para fazer justamente esse reajuste. Outros estados da Federação brasileira já fizeram o reajuste, mas o governador Flávio Dino teima em não pagar o salário que os professores merecem", disse.

O parlamentar lembrou, ainda, que Dino tem sofrido pressão dos professores em função do não pagamento do reajuste. Reportagem publicada por OEstadoMA.com mostrou situação embaraçosa do governador quando estava em Açailândia para acompanhar a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Na ocasião, ele foi confrontado por docentes, na saída do evento. Assista ao vídeo clicando aqui.

"Tem usado da força policial, da Polícia Militar, para combater essas manifestações realizadas pelos professores, uma manifestação pacífica, justa, correta. O governador usa de sua segurança, da polícia do Estado, para espancar, para bater inclusive em professores do Estado, e nega fazer o reajuste a que eles têm direito", relatou o deputado, que completou dizendo que os professores não pedem aumento e sim " um reajuste da inflação do ano passado de 11,36%".

Sindicato

Além disso, Hildo Rocha também criticou Júlio Pinheiro, presidente licenciado do Sinproesemma. "O Sindicato dos Professores era para estar do lado dos professores. O seu presidente Júlio foi agraciado, por estar sempre do lado do governador Flávio Dino, contra os professores, com o cargo de vice-prefeito na cidade de São Luís, na nossa capital. Mas o povo do Maranhão e de São Luís é inteligente e não vai permitir que esse prêmio que o Governador está querendo dar ao presidente pelego do Sinproesemma se concretize", disparou.

Para Rocha, Júlio Pinheiro "ajudou, sem fazer nenhuma manifestação, durante todo o ano passado e este ano, acobertando os erros do Governador Flávio Dino, em relação à educação do Maranhão".

Posicionamento

A respeito das declarações do deputado, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) do Governo do Maranhão informou que o reajuste de 11,36% consta em projeto de lei ainda em tramitação no Senado Federal. A Justiça do Maranhão deu decisão esta semana lembrando que não há, portanto, exigência legal do reajuste.

Disse, ainda, que os recursos enviados pelo Ministério da Educação por meio do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Básico) não cobrem todos os investimentos feitos pelo Governo do Maranhão no setor. Nos últimos 20 meses, de acordo com a Seduc, foi necessário que o Estado complementasse com R$ 500 milhões os recursos do Fundeb.

Com o reajuste de 13% dado o ano passado, a secretaria afirma que os professores da rede estadual com licenciatura plena e 40 horas semanais passaram a contar com a segunda maior remuneração do país. Disse também que a postura é de permanente de diálogo e valorização do corpo docente, o que fez com que se cumpra demandas da categoria, como a promoção de 17.200 profissionais na carreira e realização de concurso para 1.500 vagas com remuneração inicial de R$ 5 mil.

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