Estado Maior

PT sumiu

A menor campanha eleitoral dos últimos 18 anos está apenas no início, mas já permite a análise a respeito de uma constatação inequívoca em São Luís: o desaparecimento do PT das ruas.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

A menor campanha eleitoral dos últimos 18 anos está apenas no início, mas já permite a análise a respeito de uma constatação inequívoca em São Luís: o desaparecimento do PT das ruas.

Manchado por escândalos nacionais de corrupção e abalado com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e com o mais recente indiciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores se apequenou no processo eleitoral.

Além de não ter candidatura para a Prefeitura de São Luís, o partido também passou a ser “escondido” por seus candidatos ao Legislativo Municipal.

Exemplo disso está no material de campanha do vereador e candidato à reeleição, Honorato Fernandes.

Honorato retirou de parte do material que é distribuído ao eleitorado, a sigla PT. A própria foto do perfil do candidato no Facebook, que apresenta a candidatura e o número para votação na urna eletrônica, esconde o PT. Lá, há apenas uma pequena estrela vermelha, sem a tradicional identificação da legenda, que timidamente faz alusão ao partido.

Na fachada do seu comitê central de campanha, situado na Avenida São Luís Rei de França, o parlamentar também ofuscou a sigla. A identificação ficou diminuta, em segundo plano, protocolar até.

A situação do PT é complemente o inverso do que ocorreu nas eleições 2014, quando a legenda pertencia à coligação do candidato Lobão Filho (PMDB), mas era disputada por Flávio Dino (PCdoB), que na ocasião, aproveitava-se de dissidentes.

Os dois candidatos chegaram a lançar comitês de campanha para elevar, cada um ao seu modo, o PT na capital e ganhar desta forma a prerrogativa de ser o candidato apoiado por Lula e Dilma.

No pleito deste ano, a legenda está coligada a Edivaldo Holanda Júnior (PDT), que se dizia conselheiro de Dilma em 2012. Mas nem ele faz referência ao partido.

Tucanato, sim

Enquanto o PT não encontra lugar de destaque nestas eleições, em São Luís, o PSDB, partido que faz o contraponto em nível nacional, tem lá o seu protagonismo na capital.

Apesar de não ter candidatura própria, a sigla indicou o vice de Eliziane Gama (PPS) e participa ativamente da campanha com as suas principais lideranças políticas.

A legenda é o principal ponto de sustentação da candidatura de Gama.

Light

Os candidatos a prefeito de São Luís ainda não tiveram nenhum embate mais enérgico durante esse início de campanha.

Com agendas distintas e sem um debate eleitoral que tenha sido realizado com a presença de todos - apenas a Arquidiocese promoveu debate -, não houve ainda o contraponto esperado pelo eleitor.

A expectativa está pelos próximos dias de campanha, quando será inevitável o confronto direto entre os concorrentes.

No lucro

Quem leva vantagem sem o contraponto inicial no período da campanha é o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), candidato a reeleição.

Eleito em 2012 com a promessa de mudança, o pedetista ainda não foi confrontado em relação às promessas não cumpridas na sua gestão.

Para ele, situação confortável até então.

Em silêncio

Alvo de escândalos em nível nacional, e de polêmicas quando esteve à frente da Câmara Federal, o deputado Waldir Maranhão (PP) continua em silêncio em relação as eleições em São Luís.

Filiado ao partido de Wellington do Curso, ele foi rejeitado pelo candidato a prefeito de São Luís.

O pepista também foi rechaçado por Eliziane Gama (PPS) e não integra a sua campanha. E ninguém sabe com quem ele, afinal, está.

Aliado

Se por um lado Waldir Maranhão está avesso ao processo eleitoral de São Luís, por outro, ele tem o seu lugar de destaque no estado.

Waldir ganhou o apreço e a confiança do governador Flávio Dino (PCdoB) e pelo menos por ele não é rejeitado.

No Palácio dos Leões, ao que tudo indica, é o único local onde ele ainda encontra abrigo.

De olho em 2018

O senador Roberto Rocha (PSB) e o governador Flávio Dino (PCdoB) travam uma batalha velada na capital e em alguns dos principais colégios eleitorais do estado.

Em São Luís, por exemplo, Rocha apoia Wellington do Curso (PP), enquanto Dino trabalha por Edivaldo Júnior (PDT).

O foco: a disputa eleitoral para o Governo do Estado em 2018. Cada um de um lado.

Depois da repercussão

Foi tão somente ganhar repercussão nacional a situação precária de pacientes que precisam se submeter ao tratamento de hemodiálise no Maranhão, para o Governo agir.

Ontem, a Secom encaminhou release à imprensa com a informação de que dará início ao serviço de hemodiálise na cidade de Açailândia.

A clínica, construída por meio de uma PPP, dispõe de 12 máquinas e tem capacidade para atender 200 pacientes.

E MAIS

A UEB Jackson Lago teve as aulas suspensas, desde a semana passada, por causa da retirada do registro de energia do prédio.

Pacientes do Socorrão II sofrem com o forte calor nos leitos. Sem ar-condicionado, eles não podem mais utilizar ventiladores em decorrência da retirada das tomadas dos quartos.

A retirada das tomadas dos quartos ocorreu na semana passada, antes da visita do prefeito Edivaldo Júnior ao hospital.

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