A gente conta

Retribuição pelo amor dos animais

Joyce Millene Sousa Neres

GISELE CARVALHO Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46

Eleito mascote da Cãominhada Mirante FM, o cachorro Chico foi resgatado das ruas e adotado por uma protetora. Quem o vê hoje, forte e interagindo com a dona e os outros animais que ela também adotou, nem imagina o estado em que ele foi encontrado abandonado na rua. É esse exemplo de adoção responsável que inspira a cãominhada deste ano.
A história do cachorro Chico e sua dona Joyce Millene Sousa Neres é a inspiração para o concurso “A História do Meu Pet”, atividade que faz parte da programação da Cãominhada Mirante FM. O concurso tem como objetivo estimular as pessoas a contarem a história de como conheceram e adotaram seu pet.
O caso de Joyce e Chico é um bom exemplo disso. Ela conta que o conheceu um dia, quando foi almoçar no shopping e estava procurando uma vaga no estacionamento. Ao avistar o cão ain­da filhote e debilitado andando entre os carros, não pensou duas vezes antes de resgatá-lo. Parou o carro na hora, pegou o cachor­ro e levou-o a uma clínica veterinária.
Já sob os cuidados médicos, o diagnóstico de calazar deu negativo. Mas Chico estava com a doen­ça do carrapato e ficou internado por 15 dias em tratamento. Mais uma vez ela não hesitou e fez uma campanha na internet para arrecadar doações de pessoas que quisessem ajudar a pagar a conta da clínica veterinária.
Quando o cachorro teve alta, ela o levou para a sua casa e, apesar de todos os cuidados que Joyce empregou para garantir que Chico sobrevivesse, a relação dos dois ainda não era como hoje. Os traumas que ele havia sofrido antes do resgate faziam com que ele fosse muito agressivo. “Não podíamos pegar nele. Para ele comer, eu tinha que colocar os potes de ração e água e me afastar porque enquanto eu estivesse perto ele não vinha”, lembrou.
Foi aos poucos que a relação de confiança foi construída. “Acho que como ele via o meu tratamento com o meu outro cão, o Guerreiro, começou a sentir confiança. Quando a Lara chegou, a minha outra cadela, ele ficou mais calmo. Isso ajudou muito na adaptação dele. Hoje, ele é um cão um pouco medroso talvez pelo sofrimento e a fome que passou, ou por ter apanhado na rua. Mas mudou muito, de lá para cá”, disse.

Protetora
Além de Chico, Joyce tem outros quatro cachorros e três gatos, todos resgatados por ela ou por amigos que não podiam ficar com o animal e deixaram com ela temporariamente, mas que ela acabou adotando. Além disso, ela está sempre envolvida em projetos voltados à proteção animal, como a realização de campanhas para castração, o que contribui para a redução no número de animais de rua.
Ela conta que o gosto dela pelos animais já podia ser percebido desde a infância e foram eles que a ajudaram em um dos momentos mais difíceis de sua vida. “Perdi minha mãe há três anos e depois que ela faleceu eu me envolvi de verdade com a proteção animal. Foi isso o que me ajudou a não entrar em depressão”, recordou-se.
Para a protetora, é essa retribuição dos animais que faz valer a pena todos os esforços não só para ela, mas para todos que adotam um bichinho. “O carinho que eles dão nem se compara ao trabalho que temos. O amor que eles nos dão de volta é muito maior”, declarou.

Mais

Para participar do concurso “A História do Meu Pet”, basta enviar sua história e os dados (nome completo, RG, bairro e telefone de contato) para o email do concurso (caominhada@mirantefm.com.br). As três histórias mais originais e emocionantes serão transformadas em quadrinhos e publicadas no caderno especial Meu Pet, do jornal O Estado, e também no hotsite da Cãominhada. Os interessados devem enviar suas histórias até o dia 16 deste mês. O resultado será divulgado dia 18.

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