Manifestação

Estivadores paralisam a movimentação de celulose no Porto do Itaqui e polícia é acionada

Operações de embarque no berço 100 foram interrompidas pela categoria nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (7)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Trabalhadores cruzaram os braços nesta quinta-feira
Trabalhadores cruzaram os braços nesta quinta-feira

SÃO LUÍS - Os trabalhadores da estiva fazem nova manifestação no Porto do Itaqui. Na manhã de hoje, as operações de embarque de celulose no berço 100 foram paralisadas pela categoria, que não aceita a vinculação trabalhista lançada em edital pela G5, empresa que opera no porto e atende a Suzano Papel e Celulose. Semana passada, chegaram a ser suspensas a movimentação de cargas dos berços 100 ao 105.

Os estivadores, uma das cinco categorias de trabalhadores avulsos em atividade no porto, criticam a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) pelo seu posicionamento de ser conivente com essa situação, constrangendo e intimidando os trabalhadores com força policial. Na noite de ontem, segundo, a categoria, viaturas da PM foram deslocadas para o Itaqui, quando deveriam estar protegendo a população da bandidagem.

Por sua vez, a Emap diz que a manifestação na área do Porto do Itaqui, promovida pelos estivadores, se dá em reação à decisão proferida pelo desembargador Gerson de Oliveira Costa Filho, em favor da legalidade do edital de vinculação lançado por uma das operadoras portuárias do Itaqui.

Polícia foi chamada para garantir funcionamento do porto
Polícia foi chamada para garantir funcionamento do porto

Informa ainda que estão sendo tomadas providências para manter o funcionamento do Porto do Itaqui, uma vez que interrupções nas operações causam impactos na economia do estado e do país, ocasionando prejuízos a toda a sociedade.

A Emap esclarece que as relações do trabalho portuário são regulamentadas pela Lei 12.815/2013, que dispõe sobre as atividades desempenhadas pelas operadoras portuárias. Em seu capítulo IV, a referida norma determina que as relações de trabalho das empresas com sede no porto sejam estabelecidas livremente entre empregados e empregadores, por meio de seus sindicatos, observando a legislação em vigor, não cabendo ingerências externas nessa relação.

A Suzano Papel e Celulose enviou nota afirmando que o Sindicato dos Estivadores e dos Trabalhadores em Estiva de Minérios descumprem ordem judicial.

Veja abaixo a nota da Suzano

A Suzano Papel e Celulose informa que o Sindicato dos Estivadores e dos Trabalhadores em Estiva de Minérios paralisou as atividades do operador portuário que atua no terminal de celulose do Porto do Itaqui, em São Luis, interrompendo momentaneamente as atividades de carregamento dos navios, em descumprimento de ordem judicial.

A motivação da paralisação, que chegou ao conhecimento da Suzano, é a alegação do Sindicato de que o operador portuário deveria utilizar mão-de-obra do Sindicato nas atividades de estiva. A conduta do Sindicato, além de desrespeitar decisão judicial, representa clara limitação e violação da liberdade de escolha das pessoas que optaram pelo modelo de contrato de emprego.

O operador portuário já está tomando todas as medidas necessárias para que a rotina seja restabelecida o mais rápido possível.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.