Cinema

“Guerra Civil” e os spoilers de Liana

“Capitão América: Guerra Civil”, novo filme da Marvel, traz cenas espetaculares e boas atuações do elenco

Ney Farias Cardoso / Revisor de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Capitão América: Guerra Civil está em cartaz nos cinemas
Capitão América: Guerra Civil está em cartaz nos cinemas (Capitão América)

Para ser justo, Liana me perguntou se eu tinha algum problema com spoilers. Alguém aí na plateia sem dúvida alguma não faz ideia de quem seja Liana e deve ter mais ou menos uma noção do que sejam spoilers. Portanto, algumas breves explicações se fazem necessárias – até porque o espaço é mais curto que perna de anão e ainda tenho de comentar o filmaço a que assisti no Cinépolis.

Liana é uma menina muito bonita, simpática e inteligente. Gosta muito de histórias em quadrinhos e, assim como eu, adorou “Guerra Civil”. Já os spoilers basicamente acontecem quando alguém revela partes de uma obra (filmes, por exemplo) que muitos ainda não viram. Lembro agora de “Pânico”. Fui ao cinema sabendo de antemão que o assassino era o irmão da Sidney.

Mas nada disso me incomodou, nem então nem agora. O que Liana me falou não me prejudicou em nada. Pelo contrário: só me deu o empurrão que faltava na direção do melhor filme de super-heróis que já vi na minha vida.

Os precedentes que a Marvel tem aberto no cinema são espetaculares. É um padrão que a Distinta Concorrente não conseguiu alcançar, mesmo apostando na reunião de seus principais personagens. O “duelo de titãs” de lá não chega aos pés do conflito herói contra herói que definiu os rumos dos personagens da Marvel para as próximas produções. Ou seja, foi um divisor de águas nessa trajetória.

O filme é tão bom que, se você entrar em um debate a respeito dele, pode começar por qualquer parte. Não tem problema nenhum. Para mim, a melhor parte de “Guerra Civil” não é o combate no aeroporto. Muito menos ver o Homem-Formiga se transformar em um gigante. Nem saber que a tia May nunca foi tão gata e espetaculosa, agora que Marisa Tomei assumiu o manto. A melhor cena ocorre no túnel. Bucky e Rogers tentam se livrar da perseguição implacável de T’Challa (o impressionante Pantera Negra de Chadwick Boseman), e em determinado momento há uma colisão e o Soldado Invernal pega em pleno ar a primeira moto que aparece. Acredito que momentos assim é que carimbam a palavra “inesquecível” em um filme.

Quanto ao Homem-Aranha, pelo amor de Deus façam o favor de atirar na lata de lixo da memória as duas porcarias que fizeram depois da trilogia de Tobey Maguire. Agora na Marvel, o Cabeça de Teia terá o tratamento digno que merece – a começar pela tia May espetaculosa. Que tia May é essa! Dá-lhe, Marisa Tomei! Se bem que preciso fazer uma enquete. Quem está mais engraçado no filme? Ele ou o Homem-Formiga (aliás, se vocês ainda não viram a versão cinematográfica de Scott Lang, eu muito recomendo que corram atrás, porque é outro excelente trabalho).

Mas o grande personagem do filme – se você abstrair, o que acho muito difícil, as excelentes atuações de Chris Evans e Downey Jr. – é mesmo o Pantera Negra. Durante muito tempo, a editora Abril ignorou esse personagem. Não pôde fazê-lo mais, porque nos quadrinhos T’Challa se revestiu de uma importância tal que o fez contracenar com o Quarteto Fantástico e, claro, os Vingadores. E contracenando em par de igualdade com o Capitão América e o Homem de Ferro, uma vez que pode contar com toda a tecnologia baseada nas minas de vibranium sobre as quais o reino de Wakanda está assentado e, por ser príncipe – e depois rei, com a morte de seu pai, o soberano T’Chakka –, com uma fortuna que rivaliza com a de Tony Stark.

O filme do Pantera Negra tem tudo para ser outro espetáculo da Marvel.

Sei que Liana vai gostar. Tenho certeza de que vai.

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