Pressão

Professores pressionam Prefeitura por reajuste

Negociação de salários segue ainda sem acordo, e docentes já cogitam indicativo de greve nas próximas assembleias realizadas pela categoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49

Professores da rede municipal de São Luís voltam a fazer manifestações hoje, em protesto contra a contraproposta de reajuste salarial apresentada. Ontem, um grupo de professores saiu em caminhada do bairro São Francisco até a sede da Prefeitura, no Centro. Hoje, o protesto será em frente à Promotoria Especializada em Defesa da Educação.

A manifestação de hoje tem concentração prevista para as 8h30, na frente da promotoria, no São Francisco. Os professores prometem cobrar um posicionamento do Ministério Público frente à precariedade do ensino na rede municipal e principalmente pelos direitos da categoria.

No dia 20 deste mês, a Prefeitura de São Luís apresentou a contraproposta de 9,2% de reajuste salarial de 2016 para os professores. No dia seguinte, em assembleia geral extraordinária, a categoria rejeitou a contraproposta do governo municipal, que também era parcelada em duas vezes, e reafirmou o percentual de 13,68% definido em assembleia no mês de fevereiro.

Com o objetivo de receber uma contraproposta da Prefeitura até hoje, a categoria deliberou também pela paralisação de alerta e manifestações ontem e hoje. Outra assembleia geral está marcada para o dia 30 para discutir a pauta “Continuação da discussão do reajuste/data base 2016”. Caso a resposta do poder municipal não seja aceita, a categoria irá marcar uma nova assembleia com indicativo de greve.

Motivo
A presidente do Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), a professora Elisabeth Castelo, criticou o posicionamento mantido pela Prefeitura sempre que a categoria de professores se manifesta. “Isso é um discurso demagógico, uma falta de respeito. O que estamos vivendo é uma decadência nítida da educação pública municipal”, declarou.

Ela ressaltou ainda que a luta dos professores é também contra a falta de infraestrutura nas escolas. “Ainda há crianças sem ônibus, escolas sem seguranças. Queremos a concretização do que foi prometido para a categoria. Estamos na rua para dar advertência à sociedade e ao governo, que não vamos aceitar de braços cruzados. Vamos dizer não à omissão da Prefeitura com a educação pública”, afirmou a presidente.

A Prefeitura de São Luís foi procurada, mas até o fechamento da edição impressa não respondeu aos questionamentos.

Relembre

Em 2014, a greve dos educadores do Município durou 105 dias. A greve se iniciou no dia 22 de maio e só foi encerrada em setembro.

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