Terror

Ataque suicida em cidade paquistanesa mata 63 pessoas

Facção do Talibã Jamaat-ul-Ahrar assumiu o ataque a bomba e afirmou que o alvo foi a minoria cristã do país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Homens observam corpo de uma das vítimas
Homens observam corpo de uma das vítimas (ataque paquistanês)

Pelo menos 63 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas numa explosão ontem em Lahore, a segunda maior cidade do Paquistão. O porta-voz da polícia local, Mohamed Salim, disse que um suicida explodiu as bombas no parque Gulshan-e-Iqbal, perto de uma área infantil, por volta das 19h, horário local (11h no horário de Brasília). Salim completou que o ataque deixou pelo menos 200 feridos, incluindo mulheres e crianças.
"As operações de socorro prosseguem no local", disse Muhammad Usman, responsável administrativo da cidade de Lahore. Segundo ele, militares foram mobilizados para o local. Usman disse que "a natureza da explosão não é clara". Emissoras de televisão transmitiram imagens mostrando as pessoas sendo retiradas do local em ambulâncias.
Funcionário dos serviços de socorro de Lahore, Jam Sajjad, explicou que o parque ocupa uma área grande com atividades para crianças. Segundo ele, no momento da explosão o local estava cheio de famílias que passavam o fim da tarde.
O governo da província de Punjab, da qual Lahore é a capital, informou na sua conta na rede social Twitter que declarou estado de emergência em todos os hospitais da cidade e decretou três dias de luto oficial.

Facção
A facção do Talibã Jamaat-ul-Ahrar disse que foi a responsável pelo ataque a bomba e afirmou que o alvo foi a minoria cristã do país, majoritariamente muçulmano. "O alvo foram os cristãos", disse um porta-voz da facção, Ehsanullah Ehsan. "Nós quisemos mandar essa mensagem para o primeiro-ministro Nawaz Sharif, de que nós entramos em Lahore. Ele pode fazer o que quiser, mas não será capaz de nos parar. Nossos homens-bomba vão continuar com esses ataques".
Militantes do Islã no Paquistão têm atacado cristãos e outras minorias religiosas com frequência ao longo da última década. Os cristãos acusam o governo do país de poucos esforços para protegê-los.

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