Espanha

''Selinho'' de deputados durante sessão gera polêmica na Espanha

Representantes de esquerda se cumprimentaram com beijo e abraço; ''Quem dera Câmara tivesse menos insultos e mais beijos'', disse um deles

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

Espanha - Um beijo dado por dois deputados espanhóis de esquerda durante a sessão de posse dos novos integrantes da Casa, gerou muitos comentários -- contra e a favor -- nas redes sociais.

O deputado Pablo Iglesias, do partido Podemos, y Xavier Domenech, do partido catalão En Comú Podem, deram um rápido "selinho" após o discurso do último -- seu primeiro no parlamento espanhol. Na mesma sessão, Pedro Sánchez, do Partido Socialista, tentava ter a aprovação para formar governo e tornar-se primeiro-ministro, o que não aconteceu.

A Espanha está há dois meses tentando formar um novo governo, sem sucesso. Uma nova sessão a respeito ocorreu sexta-feira,4. "É bom que nós homens nos beijemos nos lábios também(...) Me emocionou ouvir o Xavi e demos um beijo,quem der nesta Câmara houvesse menos insultos e mais beijos, disse (o rei) Juan Carlos uma vez, somos uma fábrica de amor", explicou Iglesias, segundo reportagem do site Cuatro.com.

A imagem do beijo chamou ainda mais atenção porque ao fundo há deputados conservadores com feições pouco empolgadas.

Tropeços
O plano de coalizão do líder dos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez, tropeçou no primeiro obstáculo, quando rivais da esquerda e da direita votaram contra a proposta no Parlamento e iniciaram uma contagem regressiva de dois meses para evitar outras eleições.

A Espanha fez pouco progresso para resolver o impasse político desde o resultado fragmentado das eleições em dezembro, quando milhões de eleitores optaram pelo partido contrário à austeridade Podemos e o novato e liberal Ciudadanos.

Nenhum partido conseguiu uma maioria absoluta na Assembleia, e a competição pelo poder terá que produzir uma coalizão com votos suficientes para resultar numa vitória.

O plano dos socialistas de se aliar com os Ciudadanos fracassou, como esperado, em ganhar os 176 votos necessários no Parlamento de 350 assentos, abrindo o caminho para uma complicada segunda votação sexta-feira, 4.

A derrota disparou a contagem de dois meses para os partidos formarem um governo, período depois do qual uma nova eleição será convocada, provavelmente para o final de junho.

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