Risco

30 casarões históricos com risco de desabamento estão ocupados

A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) vem monitorando os imóveis do Centro Histórico que se encontram nessa situação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

Segundo a Superintendência Municipal de Defesa Civil (Sudec), órgão ligado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), 30 casarões do Centro Histórico de São Luís que são considerados de alto risco à segurança física estão ocupados por famílias. Com a incidência de fortes chuvas na capital, aumenta o risco de desabamento nesses imóveis.

Os dados da Defesa Civil são referentes ao último mapeamento realizado em dezembro de 2015. Apesar do alto risco à segurança física, várias famílias se arriscam ocupando casarões que estão nessa situação.

O levantamento indica ainda que todos os imóveis são de propriedade particular. Sem receber manutenção preventiva, os casarões apresentam paredes rachadas, telhados e assoalhos comprometidos. Com as fortes chuvas dos últimos dois dias, os moradores estão apreensivos com possíveis acidentes.

Muitos dos casarões nessa situação estão localizados na Rua da Palma. Um deles é José Luís da Silva, que reside no casarão nº 446 há 15 anos. Ele conta que muita água tem invadido o imóvel pelas falhas no teto em chuvas como a da manhã de ontem.

O morador lembra ainda que a Defesa Civil tem monitorado o imóvel, mas ainda assim fica a sensação de insegurança nesse período de chuvas. “A gente fica um pouco preocupado quando chove porque está entrando água. O jeito é a gente confiar mesmo em Deus. Não temos como sair daqui”, afirmou José Luís da Silva.

Trabalho

Ainda de acordo com a Defesa Civil, o relatório foi encaminhado para três órgãos para as devidas providências: a Fundação Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico (Fumph), o Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico do Maranhão (DPHAP/MA) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Desde então, vem sendo feito o monitoramento nos casarões identificados. Nas áreas de risco, isso é feito por meio dos pluviômetros automáticos, semi-automáticos e artesanais, espalhados em diferentes pontos. Os equipamentos têm como função medir o nível das chuvas e assim alertar a Defesa Civil Municipal sobre os possíveis sinistros.

Além disso, a Defesa Civil conta também com um plantão 24 horas de agentes que monitoram as áreas. Quando recebida alguma ocorrência, eles se deslocam até o local e analisam a situação da área.

Saiba mais

Em 2015, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM) fez um mapeamento técnico de prédios e imóveis do Centro Histórico de São Luís. De acordo com os dados, 101 casarões estavam em situação de risco. As equipes técnicas dos bombeiros analisaram o grau de vulnerabilidade, as condições das instalações e estruturas físicas das construções.

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