Nosso trânsito

Intervenções no trânsito feitas pela Prefeitura dividem opiniões

Obras estão sendo executadas nos principais corredores de tráfego para facilitar a fluidez nas avenidas da cidade e acabar com os congestionamentos

Jock Dean/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

Excesso de veículos nas ruas, transporte coletivo deficitário e em alguns casos precário, execução lenta de obras de infraestrutura e falta de ações conjuntas entre municípios da mesma região metropolitana. Essas são algumas das causas de um problema grave enfrentado pelas grandes cidades brasileiras: a mobilidade urbana. Para resolver esses problemas, a Prefeitura de São Luís tem feito intervenções em pontos críticos da malha viária da capital, mas entre os condutores as obras dividem opiniões.

São Luís tem hoje uma frota de veículos superior ao número de condutores habilitados. Comparando-se o número de veículos com a população da capital, chega-se a uma média de 2,9 carros para cada habitante.

De 2011 a 2015, o crescimento da frota da cidade foi de 44,97%. Desta frota, o maior volume de veículos é de carros. Com um crescimento acentuado e com as principais avenidas da cidade - e que têm o maior fluxo de veículos – tendo sido inauguradas antes do início dos anos 2000, a malha viária tornou-se insuficiente para a demanda e os congestionamentos se tornaram par­te da rotina da capital, provocando reclamações diárias de condutores, usuários do transporte coletivo e até pedestres.

Uma das obras executadas foi na Avenida Carlos Cunha. As alterações foram feitas no trecho entre a Ponte Bandeira Tribuzi e o bairro do Jaracati. A linha de retorno foi ampliada e alargada - tanto no sentido Centro quanto em direção ao Calhau - ganhou novas pistas, novos abrigos de paradas e um passeio para pedestres com guard-rail. Quem sai do Jaracati para o Centro agora tem que pegar a faixa da direita para seguir direto para a ponte. Logo após as modificações, feitas em agosto de 2015, muitos condutores ficaram confusos.

Críticas
Hoje, com o hábito, está mais fácil transitar pelo local, mas ainda há quem critique, sobretudo a sinalização. “De fato, ficou menos engarrafado aqui, mas eu ainda acho que a sinalização deixou a desejar. Para quem passa aqui todos os dias, como eu, acaba se acostumando com o trajeto, mas um condutor que tirou carteira há pouco tempo ou que não é daqui se confunde”, comentou o condutor Carlos Costa da Gama.

Outra intervenção foi a feita no Retorno do Bacanga, na confluência das avenidas Vitorino Freire, Africanos e Portugueses, onde se formava um enorme engarrafamento no horário de pico. Para que o trânsito pudesse fluir melhor no retorno do Bacanga e adjacências, os cruzamentos e retornos existentes entre a Avenida dos Africanos e a Senador Vitorino Freire foram fechados. Para realizar o retorno em direção ao Bacanga, os condutores que saem da Africanos entram à direita e realizam a manobra mais à frente à esquerda, livre de semáforos. Já os condutores que saem da Avenida dos Portugueses realizam o mesmo procedimento para fazer o retorno.

Intervenção que foi bem-vinda, principalmente para os estudantes, professores e servidores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). “Antes, para fazer o percurso da Avenida dos Portugueses, saindo da barragem em direção à Beira-Mar, Africanos ou Vitorino Freire, a gente levava até meia hora apenas para sair da barragem. Esse é um trecho curto, mas depois das 18h o trânsito ficava parado mesmo. Hoje, a gente gasta menos tempo”, disse a estudante de Administração Luana Rodrigues.

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Obras para melhorar fluxo ainda precisam de ajustes

Outro trecho com histórico de fluxo intenso de veículos e engarrafamentos era a Curva do 90, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, onde a Prefeitura aumentou a quantidade de faixas de tráfego de veículos - de duas para três faixas - do Moraes Center até o retorno da Pneuaço (sentido Centro-Vinhais), e de duas para quatro faixas da Pneuaço até a Alvorada Motos, na entrada do Recanto dos Vinhais.

Também houve o alargamento no trecho da Playcar até o contorno da Pneuaço (Vinhais-Centro) de duas para três faixas. Nos dois sentidos, existe faixa da esquerda livre. “Eu moro no Vinhais e trabalho no Renascença. Todos os dias preciso seguir pela Jerônimo de Albuquerque e o engarrafamento nessa área sempre foi intenso. Ainda tem problemas, mas a gente já consegue transitar com mais agilidade”, disse o condutor Hilton Mendonça.

SAIBA MAIS
Intervenções realizadas

Avenida Vitorino Freire (Anel Viário), Avenida dos Africanos (entrada do Parque Timbiras), Avenida Carlos Cunha (Jaracati), Avenida Colares Moreira (entrada da Lagoa da Jansen), Avenida Jerônimo de Albuquerque (Curva do 90), Avenida Castelo Branco (São Francisco), Ponta do Farol (entrada da Litorânea) e Ponta D’areia (próximo ao Hotel Veleiros).

Intervenções em andamento

Avenida Casimiro Júnior (Anil), Avenida 203 (Cidade Operária), Avenida Guajajaras (entrada da cidade até a Rotatória da Forquilha) e Avenida dos Franceses (Cruzamento com Avenida dos Africanos).

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