Bruxelas - O escritório de turismo de Bruxelas instalou três cabines de telefone especiais na cidade para que estrangeiros, conectados à internet, possam ligar aos moradores locais e questioná-los sobre a segurança na cidade.
A campanha Call Brussels ("Ligue para Bruxelas", em português) foi lançada depois que a capital da Bélgica teve alerta máximo de terrorismo decretado no final de novembro, diante do temor pelo risco de um atentando com armas e explosivos como os que ocorreram em novembro em Paris.
Na ocasião as ruas de Bruxelas foram tomadas por policiais, o comércio e as escolas foram fechados e parte do transporte público parou durante a busca por um terrorista fugitivo, Salah Abdeslam, suspeito de participação nosataques de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos e mais de 300 feridos em Paris.
Desaparecido desde 13 de novembro, Salah Abdeslam teria fugido para a Bélgica, segundo dois homens que garantem tê-lo ajudado. Segundo a advogada de um deles, durante o trajeto, o suspeito parecia "muito nervoso" e "talvez disposto a se explodir".
"No momento, muitos turistas ainda hesitam em viajar à nossa magnífica capital. O alerta de nível 4 e o bloqueio ainda estão frescos nas suas memórias. O que é uma pena, porque para aqueles que moram em Bruxelas, tudo está normal na cidade", diz o site da campanha.
Praças
As cabines foram instaladas em três locais: nas praças Mont des Arts e Flagey e em Molenbeek, comuna em que viviam quatro homens diretamente envolvidos nos ataques de Paris. Nelas há uma orientação para que os moradores falem sobre como é a vida na cidade.
Os telefonemas podem ser feitos das 9h às 19h do horário local (6h às 16h, no horário de Brasília)pelo site da campanha, que também mostra imagens de câmeras instaladas perto das cabines.
A promotoria belga indicou sexta-feira,8, que a polícia encontrou no dia 10 de dezembro em um apartamento de Schaerbeek três cinturões confeccionados a mão, rastros de explosivos e uma impressão digital de um suspeito em fuga pelos atentados de Paris, Salah Abdeslam, em uma operação em Bruxelas.
Os procuradores disseram ainda que o apartamento foi alugado com um nome falso, segundo a Reuters, e que pode ter sido usado por uma pessoa já sob custódia devido aos ataques em Paris.
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