Deslizamento

Deslizamentos em Mianmar deixam desabrigados

Tragédia ocorreu na comunidade mineradora de Hpakant, no Estado de Kachin; terreno íngreme complica serviço de resgate, dizem as autoridades

Agência Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52

Mianmar - Dezenas de pessoas estavam desaparecidas, após um deslizamento atingir uma remota região de mineração de jade no norte de Mianmar, no segundo incidente do tipo em um mês no país, afirmaram autoridades, ontem. O deslizamento ocorreu na sexta-feira na comunidade mineradora de Hpakant, no Estado de Kachin, disse Khin Maung Myint, membro local do partido oposicionista Liga Nacional pela Democracia. O terreno íngreme complicava os esforços de resgate.

Segundo membros das equipes de resgate, um corpo foi retirado e pelo menos 30 pessoas estavam desaparecidas. A polícia, porém, disse que não podia ainda confirmar nenhuma morte. Um porta-voz policial, Tin Tun Aung, disse que as operações de resgate continuavam neste sábado, sem a descoberta de nenhum corpo por enquanto.

Em 21 de novembro, um deslizamento na mesma região matou mais de 100 pessoas, em uma mostra das condições perigosas de trabalho em um dos mais ricos depósitos de jade do mundo. O Estado de Kachin produz algumas das pedras de jade da mais alta qualidade no mundo, em um setor que gerou US$ 31 bilhões no ano passado.

A maior parte das pessoas e companhias ligadas ao negócio tem laços com os militares do país, segundo a Global Witness, entidade que investiga o mau uso da receita oriunda desse setor. Hpakant, 950 quilômetros a nordeste da maior cidade de Mianmar, Rangum, é o epicentro dessa indústria, porém segue muito pobre, com estradas esburacadas, falta frequente de energia e uma alta taxa de viciados em heroína.

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