Migrantes

Número de migrantes que entraram na Europa chega a quase a 1 milhão

Cerca 991 mil refugiados e migrantes entraram na Europa em 2015; Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgou balanço

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52

Bruxelas - Aproximadamente 991 mil refugiados e migrantes entraram na Europa, por terra e por mar, em 2015, de acordo o balanço da Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgado sexta-feira, 18, como informa a Reuters.

Cerca de 4.300 pessoas chegaram às ilhas gregas na quarta-feira, incluindo três mil em Lesbos, o que significa que o êxodo de pessoas fugindo de conflitos e da pobreza no Oriente Médio e na África via Turquia continua, apesar do rigor do inverno e dos mares mais agitados, disse a entidade.

"Vemos que os fluxos estão tão fortes, mesmo a esta altura do ano, que talvez até terça-feira, ou mesmo antes, a OIM estima que a marca de um milhão de pessoas será ultrapassada", afirmou Joel Millman, porta-voz da OIM, a repórteres.

A quantidade de pessoas chegando ao continente em meio à pior crise migratória na Europa desde a Segunda Guerra Mundial será pelo menos quatro vezes maior do que em 2014, disse, acrescentando que se trata de algo "extraordinário" e de um recorde.

"Também queremos ressaltar que estes fluxos muito grandes para dezembro no Mar Mediterrâneo estão provando ser o que temíamos – muito letais", disse Millman no Dia Internacional dos Migrantes.

O número de pessoas forçadas a se deslocar em todo o mundo provavelmente terá "ultrapassado de longe" o recorde de 60 milhões deste ano, motivadas sobretudo pela guerra na Síria e por outros conflitos prolongados, declarou a Organização das Nações Unidas (ONU) no início desta sexta-feira.

Fronteiras
A grande parte chega à Grécia e à Itália. A imensa maioria dos migrantes e refugiados não fica nos países de chegada. Seu objetivo é seguir para os países mais ricos do centro e norte da Europa, como a Alemanha e a Suécia, onde tentam conseguir asilo.

O trânsito dessas pessoas pelas fronteiras europeias gerou uma crise humanitária que já se tornou a maior no continente em duas décadas. Os refugiados viajam em condições precárias e chegam na maioria das vezes famintos, doentes e exaustos.

Apesar disso, alguns países têm se recusado a auxiliar os demandantes e começaram a construir barreiras em suas fronteiras (e em alguns casos até mesmo fechá-las temporariamente) para impedir essa passagem e controlar o fluxo, como Croácia, Hungria e Eslovênia.

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