Bandeira Verde

Ano perdico?

Ano perdico?

Ney Farias Cardoso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h52

No momento da produção destas bem-traçadas, o Vasco da Gama despencou pela terceira vez em sua gloriosa história para a Segunda Divisão. Isso significa que 2016, para o outrora “Gigante da Colina”, será uma espécie de “ano perdido”. Um limbo de 365 dias marcado pela sensaboria que é batalhar a íngreme montanha rumo à elite em 2017.


E, ao que tudo indica, vai ser um tempo nebuloso também para a Fórmula 1. Se a temporada deste ano foi ruim de o telespectador da Rede Globo aturar, na próxima talvez ele use o controle remoto para desligar a tevê logo depois da largada – ou até antes – e ir arranjar o que fazer de melhor.

“Estou empolgado mesmo é com 2017”, disse o campeão mundial Jenson Button ao permanecer na McLaren para o ano que vem. “Será como voltar 10 anos no tempo”. Isso porque daqui a dois anos os carros terão um visual mais retrô, serão menos dependentes da aerodinâmica e, por causa desses fatores, cerca de cinco segundos mais rápidos.

Portanto, e guardadas as devidas proporções, os carros de Fórmula 1 estarão mais próximos da Fórmula Indy – na qual a competitividade é bem mais intensa. Não só porque os equipamentos variam pouco de uma equipe para outra. Apesar de muitas ressalvas, o regulamento é um ponto positivo porque a determinada altura do campeonato e dependendo da configuração da disputa o piloto pode poupar mais o motor (ops, perdão, a tal da “unidade motriz”) e evitar a esdrúxula punição de não sei quantas posições na rabeira do grid de largada.

Tudo muito bom, tudo muito bem... mas e aí? O que fazer com o campeonato de 2016? Pelo jeito, os apaixonados por velocidade e corridas de automóvel terão de encontrar emoção noutras freguesias. Em 2015, as 24 Horas de Le Mans foram muito interessantes, inclusive porque a prova foi vencida por um piloto que também corre pela Fórmula 1. As 500 Milhas de Indianápolis também prenderam a atenção de quem a acompanhou da primeira à ducentésima volta. A Fórmula-E tem seus encantos, mas acho que precisa sair do canal Fox Sports – que pouca gente sabe que existe, na TV fechada – para conquistar de uma vez a audiência. Por fim, mas não menos importante, até a Stock Car chega a ter seus momentos brilhantes. Menos pelas corridas em si do que pela flagrante imperícia dos pilotos. É cada “barbeiro” atrás do volante que eu vou te contar.

Parece que 2016 não será totalmente igual a 2015 em matéria de chatice para a Fórmula 1. Parece que a Ferrari vem aí com a sincera intenção de desbancar a Mercedes. O que já se pode considerar um grande avanço, uma vez que a ideia é mesmo é acabar com as hegemonias. Quem viver verá.

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