Próstata

Ultrassom reduz os efeitos colaterais do tratamento

Tratamento HIFU acaba de ser aprovado nos Estados Unidos e já está disponível no Brasil como alternativa menos incisiva para cânceres de baixo risco

Vinicius Guidini / Da GQ Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53
Aparelho HIFU é utilizado no tratamento do cãncer de próstata
Aparelho HIFU é utilizado no tratamento do cãncer de próstata (Ultrassom cãncer)

SÃO PAULO - Uma boa notícia foi dada aos cerca de 1,1 milhão de homens afetados pelo câncer de próstata todos os anos - doença que causa a morte de 307 mil pacientes no mundo no mesmo período - segundo dados da ONG britânica Cancer Care.

Um novo método de tratamento para câncer de próstata, um ultrassom de alta-intensidade acaba de receber a autorização para uso nos Estados Unidos. A notícia contribui para a popularização do aparelho, batizado de HIFU, já disponível no Brasil.

Enquanto grande parte desses homens descobre a doença ainda na fase de baixa agressividade, o tratamento para o câncer é 8 ou 80: ou o paciente se compromete a acompanhar o tumor se dispondo a conviver com a doença, ou ele opta pela retirada completa da próstata - decisão que envolve métodos agressivos e efeitos colaterais nada amigáveis, como a incontinência urinária e problemas de ereção.

Essa situação mudou com o método, cujas pesquisas começaram há cerca de quatro anos. "O HIFU consegue destruir uma parte da próstata ao invés de destruí-la inteira. Agimos apenas onde está o tumor, diminuindo as complicações. Ele é semelhante a um ultrassom convencional que é aplicado pelo reto, sem corte ou sangramento", explica Daher Chade, urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.

Efeitos colaterais

Além destas vantagens, o procedimento ainda diminui os riscos de efeitos colaterais e garante uma recuperação relativamente rápida, poucas horas após a intervenção que dura, no máximo, 1h30 com anestesia.

Mas há ressalvas: Daher aponta que esse tratamento é indicado apenas para tumores localizados, sendo que os métodos de retirada total da próstata, como a radioterapia, ainda são os mais seguros para os casos multifocais. O importante, segundo ele, é manter uma avaliação constante e segura. "Ainda existem muitas avaliações erradas para cânceres que, na verdade, são mais ou menos graves que o diagnóstico real", diz.

Atualmente a prevenção do câncer de próstata é feita por meio do exame de sangue e pelo exame de toque, ambos normalmente realizados entre os 40 e 45 anos. Só depois dos resultados o médico faz um planejamento de avaliação caso a caso, variando a periodicidade dos exames.

Mais - Tem dúvidas sobre o câncer de próstata? Aproveite o Novembro Azul para procurar um urologista de confiança ou ente em contato com o Instituto Nacional de Câncer pelo telefone (21) 3207-1000.

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