Produção sustentável

Exploração do caranguejo-uçá é tema de palestra

Espécie é explorada pela Codevasf em área do Delta do Parnaíba de modo sustentável

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
Caranguejo-uçá é explorado de modo sustentável no Delta do Parnaíba, onde há milhares de catadores
Caranguejo-uçá é explorado de modo sustentável no Delta do Parnaíba, onde há milhares de catadores (Caranguejo-uçá)

“Exploração Sustentável do Caranguejo-Uçá do Delta do Parnaíba” foi o tema explorado pelo assessor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Albert de Sousa Rosa, em sua palestra no XIX Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca (Combep). O evento foi realizado esta semana em São Luís.

Nesta edição, o congresso teve como tema principal “Engenharia de Pesca: transformando os recursos aquáticos em benefícios para a humanidade”. O encontro foi realizado de 4 a 8 deste mês, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Na abertura de sua explanação, Albert Rosa destacou a dimensão do trabalho realizado pela Codevasf no âmbito dos recursos pesqueiros e da aquicultura em todos os estados onde a empresa atua.

Em seguida, mostrou os resultados do projeto de industrialização do caranguejo-uçá do Delta do Parnaíba, implementado pela Codevasf e pelo Instituto Ambiental Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), contando com a participação de consultores internacionais com experiência em industrialização de caranguejos.

“Essa experiência que a Codevasf apresenta demonstra ser possível haver uma exploração sustentável do caranguejo-uçá no Delta do Parnaíba e que a industrialização do produto agrega valor a essa atividade que hoje é praticada por mais de 4 mil catadores somente naquela região”, analisa Albert Rosa.

Mais - O caranguejo-uçá é territorialista; escava e mantém a limpeza de suas próprias tocas, raramente entrando em uma galeria que não a sua própria, e se isto ocorre, o invasor é imediatamente expulso. Também são animais assustados, qualquer movimento nas proximidades os afugenta para suas galerias. A profundidade de suas tocas pode chegar de 60 até 180 cm, a depender a região e época do ano. No acasalamento, a espécie abandona sua toca, vagando lentamente e errante pelo manguezal, fenômeno conhecido como “andada”, “carnaval” ou “corrida” do caranguejo; os machos, que possuem maior porte, lutam entre si e perseguem as fêmeas para cópula. O período de acasalamento varia com os estudos e a região, sendo registrado no Brasil entre dezembro e maio.

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