Apenas casos de homicídios serão atendidos nas delegacias de Polícia Civil, durante a greve da categoria. É o que afirma o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol), que iniciou greve na sexta-feira, dia 18. Esta é a segunda da categoria em menos de um mês. Com a paralisação, o funcionamento das delegacias da capital maranhense e do interior do estado está comprometido.
Em agosto deste ano, a categoria paralisou as atividades durante oito dias, reivindicando melhores condições de salário e de trabalho. O Governo do Estado ficou de apresentar uma proposta para atender aos anseios da classe e por isso, na ocasião, eles encerraram o movimento paredista. Como não houve a apresentação dessa contraproposta, os policiais decidiram paralisar novamente as atividades por tempo indeterminado.
Na sexta-feira, a greve foi retomada e agora deve ser mais longa que a anterior e dificultar o atendimento à população. “Segundo decidimos na assembleia geral na sexta-feira, não é para funcionar praticamente nada. Até porque ficou acertado que a adesão à greve seria de 100% da categoria”, informou Heleudo Moreira, presidente do Sinpol. Na manhã de ontem, praticamente não houve movimento nas delegacias de polícia e quem foi a uma delas foi informado que não estavam sendo registrados boletins de ocorrências. Na porta das unidades, apenas as viaturas paradas.
Escrivães, investigadores, comissários, peritos criminalísticos auxiliares, auxiliares de perícia médica, rádio-operadores e motoristas reivindicam recomposição salarial e melhoria na estrutura das delegacias. Segundo o presidente do Sinpol, as negociações com o atual governo começou antes mesmo da posse em janeiro deste ano. Ainda em 2014, foi enviada a pauta de reivindicações para a SSP. No entanto, o andamento das negociações não foi o esperado.
A greve foi considerada ilegal pela Justiça, com multa diária de R$ 20 mil. Em nota, o Sinpol informou que sempre priorizou a negociação e tentou evitar ao máximo a atual situação, fato demonstrado pelos mais de oito meses de negociações e dezenas de reuniões realizadas entre representantes da categoria e secretários de Governo.
Em nota, o governo afirmou que mantém o diálogo com os policiais civis e que a situação econômica atual, com a arrecadação estadual em queda, inviabiliza ações em diversas áreas.
O Governo do Estado disse ainda que tem responsabilidade com o pagamento de salários e pede a compreensão dos servidores para que não se afastem do local de trabalho.
NÚMEROS
1.800 policiais civis, segundo o Sinpol, aderiram ao movimento grevista
Saiba Mais
- STF veta greve de servidores de todas as carreiras policiais
- Policiais Civis decidem suspender greve temporariamente para aguardar proposta do Governo
- Policiais Civis do estado entrarão em greve a partir de amanhã
- Professores da rede municipal da capital decidem entrar em greve
- Policiais civis do Maranhão entram em greve por tempo indeterminado
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