Bom Jardim

“Eu sou proibida de entrar na Prefeitura”, diz vice-prefeita

Malrinete Gralhada revelou a O Estado que não tem acesso à prefeitura desde que rompeu com Lidiane Leite

Gilberto Léda / O ESTADO / ENVIADO ESPECIAL

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55
Vice-prefeita do Bom Jardim, Malrinete Gralhada, disse que não via prefeita desde 2013
Vice-prefeita do Bom Jardim, Malrinete Gralhada, disse que não via prefeita desde 2013 (vice 750 2608)

A vice-prefeita de Bom Jardim, Malrinete Gralhada (PMDB), revelou ontem, em entrevista exclusiva a O Estado, que, em virtude do rompimento político com a prefeita Lidiane Leite – considerada foragida pela Polícia Federal desde quinta-feira da semana passada, 20 – está proibida de entrar na sede da Prefeitura Municipal.

Com o sumiço da prefeita, a peemedebista pode ser convocada pela Câmara Municipal para assumir o cargo a partir de domingo, 30, segundo a Lei Orgânica do Município (LOM), e já anunciou que determinará a realização de uma auditoria nas contas municipais. “Eu sou filha de Bom Jardim, então a gente acaba tendo uma visão do todo. Agora, nunca tive acesso à Prefeitura. Eu sou proibida de entrar na Prefeitura. Não sei em que pé que está. Quando assumirmos, colocaremos uma equipe de auditoria”, declarou.

Segundo Gralhada, a última vez que ela e a prefeita Lidiane Leite se encontraram foi no dia da posse da chapa vencedora das eleições de 2012, em 1° de janeiro de 2013. “A última vez que nós nos encontramos foi no dia 1º de janeiro de 2013, na Câmara, para sermos empossadas. E nunca mais eu a vi. Só nas redes sociais”, completou.

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A vice-prefeita diz que logo após o rompimento começou “um desmantelo” na cidade. “Instalou-se um caos”, relatou. Saúde e Educação, aponta, são as áreas mais críticas. “Sem escola, sem aula, sem merenda e o que chamou atenção é que a prefeita estava era nas redes sociais, ostentando. E as comunidades vendo que, se estava sobrando dinheiro, onde estava a merenda escolar das crianças?”, criticou.

“Na Saúde, nós temos notícias de equipes do PSF [Programa Saúde da Família] que existem só no papel. O dinheiro é pago, não se sabe para quem, mas as equipes não estão atuando nas comunidades”, denunciou.

O Estado tentou ouvir a Prefeitura de Bom Jardim sobre as denúncias contra a prefeita e a situação da gestão em virtude do seu sumiço, mas o secretário de Administração e Finanças, Dal Adler Castro, que está responsável pela administração do Município, não nos atendeu.

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