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86 maranhenses caem no golpe da falsa promessa de trabalho em SP

De acordo com informações da Prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o grupo se delocou até o município em busca de emprego, com intermediação de pelo menos duas empresas, no setor da construção civil; MPT acompanha o caso

Atualizada em 11/10/2022 às 12h57
(Parte do grupo de maranhenses em Ribeirão Preto)

Mais um golpe envolvendo oferta de emprego foi descoberta ontem. A Prefeitura de Ribeirão Preto – a 316 quilômetros da capital São Paulo – informou que 86 pessoas oriundas da cidade maranhense de São Mateus (MA) foram vítimas de promessa falsa de trabalho que seria disponibilizado na construção civil no município paulista. Ainda segundo informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura a O Estado, a situação dos trabalhadores maranhenses deverá ser resolvida inicialmente pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), em São Paulo.

Até o fechamento desta edição, grande parte dos trabalhadores permanecia na Central de Triagem e Encaminhamento ao Migrante/Itinerante e Morador de Rua (Cetrem) de Ribeirão Preto (SP), aguardando por um desfecho do caso. Ainda segundo a Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio de nota, os trabalhadores maranhenses foram encontrados em um posto de combustíveis na rodovia Anhanguera.

Sem terem para onde ir, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, acionou o MPT para avaliar as condições dos trabalhadores. Muitos deles estavam sem ingerir refeição há várias horas e receberam, do poder público de Ribeirão Preto, assistência em alimentação.

Cetrem - A Prefeitura informou na tarde de ontem que os trabalhadores permanecerão no Cetrem até que reúnam condições de se deslocarem de volta para o Maranhão. Segundo o MPT de Ribeirão Preto, pelo menos duas empresas já foram identificadas como responsáveis pelo golpe aplicado nos maranhenses.

Ainda segundo a Prefeitura de Ribeirão Preto, os trabalhadores percorreram mais de 3 mil quilômetros – entre São Mateus e o município paulista – sob condições precárias de higiene. No entanto, ao chegarem em território paulista, o contratante do serviço não foi localizado.

Em contato com O Estado, a dona-de-casa Izabel Braga – cujos primos Vandeilson dos Santos Braga e Lourenço Natividade Braga estavam no grupo – informou que os trabalhadores deverão retornar com ajuda dos próprios familiares. “ Nós vamos nos organizar e eles devem estar chegando logo aqui em São Mateus”, disse. Ainda segundo ela, os primos foram até Ribeirão Preto (SP) para atuarem no ramo da construção civil.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Mateus informou ontem a O Estado que todas as providências foram tomadas para a viabilização do retorno dos maranhenses do interior paulista. “ Já registramos boletim de ocorrência e estamos em contato direto com a gestão pública de Ribeirão Preto para facilitar o retorno dos nossos trabalhadores”, disse a secretária de Finanças do sindicato, Camélia dos Santos.

Nota da Prefeitura de Ribeirão Preto sobre o caso

A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto recebeu a denúncia de que trabalhadores estavam em um posto de combustível, na rodovia Anhanguera, após chegarem do Maranhão e não tinham para onde irem. Prontamente, a Secretaria de Assistência Social acionou o Ministério Público do Trabalho, que foi ao local onde estavam os trabalhadores, junto com nossas assistentes sociais.

O Ministério Público do Trabalho é o responsável pela ação e está investigando o caso, como também trabalhando para levar os trabalhadores de volta ao seu estado o mais rápido possível. Até que isso se resolva, a Prefeitura está oferecendo abrigo completo aos 86 trabalhadores na Cetrem (Central de Triagem e Encaminhamento ao Migrante/Itinerante e Morador de Rua) que não poupou esforços para acomodar a todos.

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