Lavagem de dinheiro

MP-MA interdita diversos estabelecimentos em Timon e Teresina-PI

Os locais pertencem a pessoas presas na primeira etapa da Operação Mormaço, realizada no dia 10 de junho, que teve o objetivo de desarticular uma facção com atuação interestadual que tinha um sistema de lavagem de dinheiro.

Divulgação/MP-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Foram interditadas as arenas Alto da Cruz, Placar e Terceiro Tempo, localizadas em Timon, além da loja Modelo Veículos, em Teresina. / Foto: Divulgação/MP-MA.
Foram interditadas as arenas Alto da Cruz, Placar e Terceiro Tempo, localizadas em Timon, além da loja Modelo Veículos, em Teresina. / Foto: Divulgação/MP-MA.

TIMON - No último 16 de junho, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão interditou diversos estabelecimentos na cidade de Timon, no Maranhão, e Teresina no Piauí. Os locais pertencem a pessoas presas na primeira etapa da Operação Mormaço, realizada no dia 10 de junho, que teve o objetivo de desarticular uma facção com atuação interestadual que tinha um sistema de lavagem de dinheiro.

Foram interditadas as arenas Alto da Cruz, Placar e Terceiro Tempo, localizadas em Timon, além da loja Modelo Veículos, em Teresina.

Foto: Divulgação/MP-MA.
Foto: Divulgação/MP-MA.

A ação contou com a parceria do Gaeco do Piauí, Polícia Civil do Maranhão e Instituto de Criminalística de Timon (Icrim). As interdições cumpriram decisões da Justiça proferidas a pedido do Ministério Público do Maranhão, em um desdobramento da Operação Mormaço.

Operação Mormaço

O objetivo da operação foi desarticular uma facção com atuação interestadual. Foram alvos pessoas físicas e jurídicas em Teresina (Piauí), Timon e Caxias, no Maranhão.

Iniciadas há cerca de um ano, as investigações mostraram que a organização criminosa tem um sistema de lavagem de dinheiro sofisticado, com a utilização de empresas para o escoamento dos valores resultantes de negócios com drogas ilícitas, armas de fogo, veículos e peças de automóveis, além de outras atividades.

Por meio de alguns investigados e de pessoas ligadas a eles, o dinheiro era aplicado em agências de veículos, arenas esportivas e aquisição de imóveis, além de outros segmentos empresariais. Essa manobra financeira tinha a clara intenção de dificultar o rastreamento dos valores.

Após Representação formulada pelo Gaeco maranhense, a 1ª Vara Criminal do Termo Judiciário de São Luís-MA, que atua no processamento e julgamento dos crimes de organizações criminosas, determinou o sequestro de bens móveis e imóveis avaliados em aproximadamente R$ 8 milhões, além de bloqueio de ativos financeiros diversos. Ainda conforme as investigações foi possível detectar movimentações de ativos dos investigados que chegaram próximo aos R$ 90 milhões.

Histórico

Em meados de 2020, o Gaeco do MP-MA remeteu informações à Superintendência da Polícia Federal em Teresina, repassando a notícia de que traficantes estariam solicitando autorizações de registros de arma de fogo na capital piauiense.

A partir daí, a Superintendência Regional do Piauí desencadeou a operação Integração I, com o Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas do Maranhão, em 9 de setembro do mesmo ano.

Em seguida, os dados colhidos foram compartilhados com a Superintendência da Polícia Federal maranhense, viabilizando a atividade de hoje, enquanto coube ao GAECO-MA deflagrar a operação Mormaço, atingindo em cheio o patrimônio da organização criminosa.

A Operação Mormaço contou com a participação de seis promotores de justiça do Maranhão (sendo cinco do Gaeco), dois promotores de justiça do Piauí (do Gaeco) e 14 servidores do MPMA, além de 84 policiais civis e seis peritos do Icrim.

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