Traumas

Sítio Novo: inquérito segue sem conclusão 1 ano após sequestro de van que matou reféns

No momento do confronto, 12 pessoas estavam na van quando foram surpreendidas pelos criminosos, que fugiam após uma tentativa de assalto à uma agência bancária .

Imirante.com, com informações TV Mirante e g1 MA

Atualizada em 07/03/2024 às 14h47
 Além da morte de dois reféns, a ação deixou traumas que marcam até hoje a vida das vítimas. Foto: Divulgação
 Além da morte de dois reféns, a ação deixou traumas que marcam até hoje a vida das vítimas. Foto: Divulgação

SÍTIO NOVO- Após um ano do sequestro da van que levava pacientes que faziam hemodiálise do município de Sítio Novo para Grajaú o inquérito segue sem conclusão. O veículo foi atingido por tiros durante um confronto entre policiais e assaltantes. Além da morte de dois reféns, a ação deixou traumas que marcam até hoje a vida das vítimas.

O sequestro aconteceu no dia 4 de março de 2023. No momento do confronto, 12 pessoas estavam na van quando foram surpreendidas pelos criminosos, que fugiam após uma tentativa de assalto à uma agência bancária no município de Sítio Novo, no Maranhão. A van foi atingida por tiros que partiram de um helicóptero da polícia que perseguia os criminosos.

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Durante o confronto, 9 reféns foram baleados e 2 morreram, entre eles uma idosa identificada como Oneide Costa da Fonseca Oliveira, de 60 anos, que chegou a ser socorrida e internada em um hospital de Imperatriz, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Outro passageiro, Raimundo Francisco Sousa, morreu ainda no local do tiroteio. Ele chegou a ser confundido, pela Polícia Militar, como sendo um dos bandidos.

Após um ano do caso e meses de tratamento, as cicatrizes dos tiros ainda são visíveis no corpo do motorista da van, Elton Coelho Pereira. Em entrevista ao JM1, ele relatou o trauma vivido no dia do confronto.

"Pra mim é um absurdo quando eu estou dirigindo de madrugada e vejo algum farol de moto ou carro, atrás de mim, meu coração vai a mil. Eu não demonstro para as pessoas, mas só eu e Deus sabemos o que eu estou passando", disse Elton.

Além dele, a esposa, o pai e o filho, que hoje tem 2 anos, também foram atingidos. A van continua sendo o meio de sustento da família, mas eles carregam traumas que o tempo não apagou. "Meu filho é muito assustado, até tiro de 'pinhola', das crianças brincando na rua, ele se assusta e corre pra cima da mãe", relata o motorista.

Em novembro de 2023, com a ajuda de amigos e familiares, Elton conseguiu retomar o trabalho como motorista na mesma van do dia assalto, mas a frequência das viagens acabou sendo comprometida pelo estado do automóvel e pela saúde do motorista.

O caso ainda está sendo investigado pela Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoa (SHPP) de Imperatriz, mas a delegacia informou que ainda espera os laudos da perícia, que mesmo após um ano, não ficaram prontos.

A Polícia Militar (PMMA) informou que um inquérito foi instaurado para apurar a conduta dos policiais, e que o processo está sendo acompanhado pela Corregedoria Geral da Polícia Militar (CGPM).

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