R$ 7 milhões

Gaeco investiga desvio de recursos da Prefeitura de Buriticupu para empresa ligada ao prefeito

Ação cumpre mandados em cinco cidades e apura prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres públicos em Buriticupu.

Ipolítica

Atualizada em 05/11/2025 às 09h03
Ministério Público diz que recursos da prefeitura foram repassados a servidores, familiares de envolvidos e a uma empresa ligada ao prefeito João Carlos (PP).
Ministério Público diz que recursos da prefeitura foram repassados a servidores, familiares de envolvidos e a uma empresa ligada ao prefeito João Carlos (PP). (Divulgação/Gaeco/MPMA)

BURITICUPU – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MPMA) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5), a Operação Acqua Alta, que investiga supostas irregularidades em contratos da Prefeitura de Buriticupu com a empresa Veneza Construções e Locações Eireli.

A operação cumpre dez mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), nas cidades de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Presidente Dutra e Cantanhede.

Segundo o Gaeco, a empresa teria sido contratada para executar obras já realizadas na gestão municipal anterior, o que indica possível inexecução contratual e desvio de recursos públicos. As investigações apontam que valores pagos pela Prefeitura foram repassados a servidores, familiares de envolvidos e à empresa Alpha Construções e Serviços Ltda., ligada ao atual prefeito de Buriticupu, João Carlos Teixeira (PP). O prejuízo estimado ultrapassa R$ 7 milhões.

Os investigados já respondem a uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa, proposta pelo promotor de justiça Felipe Rotondo, titular da Comarca de Buriticupu.

A ação contou com o apoio das Polícias Civil e Militar do Maranhão, além de promotores integrantes dos núcleos do Gaeco de São Luís e Imperatriz, e das Promotorias de Cantanhede e Açailândia. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA) também colaborou na execução das medidas.

Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), para subsidiar eventual oferecimento de denúncia.

O Imirante procurou o prefeito João Carlos Teixeira e aguarda posicionamento.

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