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COLUNA
Carla Lima
Carla Lima é jornalista de política do Grupo Mirante.
Manifestação

Dino, mais uma vez, diz que não fala sobre política

Nome do ministro do STF é citado em áudios e também em discurso na Câmara dos Deputados em episódio que envolve pressão política por vias judiciais.

Carla Lima/Ipolítica

Por meio de nota, ministro Flávio Dino diz que não trata mais sobre política
Por meio de nota, ministro Flávio Dino diz que não trata mais sobre política (Luiz Silveira / STF)

SÃO LUÍS - Em meio a confusão dos áudios divulgados pelo deputado Yglésio Moyses (PRTB) sobre suposta negociação relacionada às eleições de 2024 e a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) da escolha de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi citado o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. A citação foi feita pelo deputado federal Rubens Júnior (PT).

O ministro, por meio de sua assessoria, mantém o mesmo discurso desde que assumiu uma cadeira no STF. Na nota é dito que Dino não trata mais sobre política. “O Ministro Dino esteve na política até fevereiro de 2024. De lá para cá, ele virou a chave e está na Judiciário. Portanto, ele não trata mais sobre política. Ele só se manifesta em sessões do STF e nos autos dos processos em que relata”, diz a nota da assessoria do ministro.

O nome de Flávio Dino é citado em áudios e também pelo deputado Rubens Júnior na tribuna da Câmara Federal. Em seu discurso, o petista diz que procurou Dino e mais o desembargador Ney Bello Filho para “trazer paz” para o Maranhão após pedido feito pelo governador Carlos Brandão (sem partido).

Dois membros do Judiciário não deveriam ser buscados para resolver impasses e confusões de política. Dino ainda poderia ser possível imaginar se fosse para um conselho já que tinha acabado de sair da política, mas o desembargador federal, não. Ele sempre foi do judiciário. 

Mesmo o ministro Flávio Dino dizendo que não trata de política, o mínimo a ser feito, era se posicionar ao ter seu nome envolvido em negociações político eleitorais no Maranhão. É algo grave porque envolve pressão política com uso do judiciário.


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