Dinistas e palacianos travam guerra civil apenas pelo poder no MA
Grupo agora rachado tem dois lados que apresentam narrativas para justificar a briga política insana que estabelecem no estado.
SÃO LUÍS - Que a situação do grupo governista ligado ao campo do presidente Lula só piora no Maranhão, não há dúvidas. Já estava rachada a base do petista no estado e isso todos já sabem. Em meio às querelas da disputa pelo poder já tem dezenas de ações judiciais (a maioria no Supremo Tribunal Federal), inquérito na Polícia Federal, investigação do Ministério Público Estadual sobre pagamento de propinas, envolvimento de personagem do mundo da criminalidade e agora gravações, prints e muito desgastes para o políticos envolvidos.
Mas o que realmente está em jogo em toda essa confusão? A resposta é simples: a volta e a manutenção do poder. Os dinistas querem de novo ter o poder que tinham na era Flávio Dino como governador. Os palacianos do governador Carlos Brandão (sem partido) querem se manter no poder. É o poder pelo poder. Não é pelo povo.
A impressão que os dinistas passam, sem dúvidas, é a de que o governo do Maranhão é uma herança de Dino para o vice-governador Felipe Camarão (PT). E se é herança, ser governador é um direito de Camarão. Ao povo, resta aceitar.
Outra impressão que se pode perceber é a de que o governador encara o detenção do poder como uma conquista própria e se conquistou, é dele. Nunca é pelo povo.
E no meio desta guerra civil estabelecida as narrativas são as mais diversas para validar a vontade de voltar ou se manter no poder. O discurso de família e do nepotismo é um deles. Dinistas acusam Brandão de querer o sobrinho para governador. Mas esquecem que Márcio Jerry (PCdoB) queria o irmão prefeito de Colinas.
Os palacianos acusam os dinistas de uso da justiça para prejudicar a gestão, mas esquecem que são acusados de usar a estrutura do estado em questões políticas e muitas vezes eleitorais.
E, por fim, as narrativas que são pró-população que nada mais são do que discursos demogogos. Aquela ideia de que quem escolhe o seu representante é o povo (defendida pelo deputado Márcio Jerry) é um grande engodo. Eles (dinistas e palacianos) querem escolher pelo povo quem a população tem que votar. Dinistas chamam isso de acordo fechado em 2022. Palacianos chamam isso de novo momento da política no estado.
No fim, eles (dinistas e palacianos) só querem o poder.
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