Muitas vezes, quem sofre uma perda escuta comentários como: “Não foi tão grave assim” ou “Você deveria superar mais rápido”. Essas palavras, embora muitas vezes bem-intencionadas, invalidam a dor e criam uma sensação de solidão ainda maior. O luto não tem tamanho, intensidade ou competição — cada coração sente a perda à sua maneira.
Lembro-me do relato de uma mãe que passou por uma perda gestacional. Ela me contou que, ao compartilhar a notícia com familiares e amigos, recebeu olhares de incompreensão e frases que diminuíam seu sofrimento. Muitos não reconheciam aquela dor como “luto de verdade”. Ela se sentiu sozinha, como se precisasse justificar a profundidade do que sentia.
No Grupo de Acolhimento Luto pela Vida, do Complexo Salvatore, vemos diariamente que toda dor é válida. Ali, ninguém julga ou hierarquiza sentimentos. Cada perda é única, cada experiência de luto é legítima. E se você sente que precisa de acolhimento — sendo cliente ou não do Complexo Salvatore, de forma totalmente gratuita —, pode participar conosco. Basta enviar uma mensagem para o WhatsApp 98 2109 3999.
O que essa história nos ensina é simples, mas poderoso: não existe escala para sofrimento. Validar a dor do outro, sem comparações ou julgamentos, é um dos maiores atos de empatia que podemos oferecer. Reconhecer o luto do outro é, muitas vezes, o primeiro passo para ajudá-lo a caminhar com menos peso.
Paula Goulart
Especialista em Luto, CEO do Complexo Salvatore, mãe e empresária, dedica sua trajetória a transformar a forma como acolhemos e vivemos o luto e ressignificamos a dor.
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