SÃO LUÍS - Dois jovens, identificados como Davi Figueredo Amaral Reis, de 19 anos, e Yam Carlos Ramos, de 21 anos, foram denunciados pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA), nessa terça-feira (29), pelo sequestro e assassinato do jovem Vitor Santos Costa, no último dia 30 de setembro 2024, por volta das 17h, no bairro Alto Sebastião, na região do Coroadinho.
Após a conclusão do inquérito policial, a dupla foi acusada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e recurso que dificultou a defesa do ofendido), sequestro, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa armada. De acordo com o MP-MA, o processo tramita junto à Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados.
Sobre a morte de Vitor Santos Costa
Vitor Santos Costa, de 29 anos, foi sequestrado enquanto realizava um trabalho de campanha eleitoral para uma candidata a vereadora de São Luís, no dia 30 de setembro. Ele estava no Alto São Sebastião/Coroadinho e foi levado até uma área de matagal conhecida como “Rocinha”, ainda no Coroadinho, onde foi entregue aos executores.
Após as diligências necessárias, a polícia localizou o corpo de Vítor Santos Costa, no dia seguinte, enterrado em uma cova rasa, na área de matagal conhecida como Rocinha, no bairro do Coroadinho. O corpo apresentava sinais de extrema violência, estava amordaçado e com os punhos amarrados com corda.
No mesmo dia, a polícia prendeu Davi Figueredo, que, ao ser interrogado, confessou ser integrante de uma facção criminosa “PCM”, e também confirmou sua participação no sequestro da vítima, sendo uma das pessoas que a levou até a região de matagal, onde foi submetida ao tribunal do crime e condenada à morte.
Ainda em seu interrogatório, o denunciado apontou a participação de Yam Carlos Ramos Lopes. Segundo Davi, a motivação do crime se deu pelo fato de a vítima ter declarado residir próximo ao ponto final do ônibus no bairro Bom Jesus, área dominada por uma facção rival.
Testemunhas ouvidas pela polícia reconheceram o denunciado Davi Figueredo como um dos criminosos que participou da abordagem da vítima, retirando-a à força do local.
“Revela-se especialmente reprovável a intenção de ceifar a vida da vítima, no presente caso, sob o motivo vil e ignóbil de mero revanchismo e retaliação, porque a vítima, supostamente, pertenceria a organização criminosa rival”, observa a denúncia do Ministério Público.
Ao final da denúncia, o Ministério Público requer, ainda, que seja decretada a prisão preventiva do denunciado Yam Carlos Ramos Lopes, que está foragido da polícia.
“Destaque-se que a vítima não teve qualquer possibilidade de defesa, considerando a forma como o crime foi praticado, de modo repentino, no momento em que se encontrava incauta, executando atividade laboral eleitoral, revelando a covardia e a brutalidade da ação”, acrescenta o documento.
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