COMBATE AO CRIME

População do Equador aprova pacote anticrime organizado com ampla maioria em plebiscito

Eleitores respaldam propostas visando conter escalada da criminalidade no Equador

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Após
Após (Equador)

QUITO - O presidente do Equador, Daniel Noboa, obteve expressivo respaldo dos eleitores para um conjunto de medidas de segurança, destinadas a combater o acentuado aumento da criminalidade. O Conselho Eleitoral Nacional realizou uma contagem preliminar de votos no último domingo (21).

As medidas, que abrangem desde patrulhas policiais-militares conjuntas até a extradição de criminosos procurados e penas mais severas para crimes como terrorismo e assassinato, têm como objetivo enfrentar a crescente onda de violência no país, que tem ganhado destaque nas manchetes internacionais.

Durante o processo eleitoral, autoridades reportaram o falecimento de um diretor de prisão na província de Manabí, no oeste do país, além de uma possível tentativa de motim em uma prisão na província de Los Rios. A agência de prisões Snai está conduzindo uma investigação sobre o incidente, mas não divulgou detalhes sobre a morte do diretor Cosme Damian Parrales.

"Nós defendemos o país, agora temos mais ferramentas para combater o crime e restaurar a paz nas famílias equatorianas", compartilhou Noboa em sua conta no Instagram, acompanhado de fotos ao lado de sua esposa e dois filhos.

A contagem preliminar realizada pelo Conselho Eleitoral revelou que entre 60% e 73% dos eleitores endossaram as medidas de segurança propostas, incluindo medidas como controles mais rígidos de armas em áreas próximas a prisões, ausência de liberdade condicional para crimes como sequestro ou financiamento de terrorismo, além da possibilidade de militares utilizarem armas apreendidas.

Autoridades de segurança e diplomatas alertam que as gangues de tráfico de drogas têm se infiltrado em toda a América Latina, transformando nações outrora pacíficas, como o Equador, em novos campos de batalha.

Em janeiro, a violência no Equador chamou a atenção mundial quando homens armados invadiram uma transmissão de televisão ao vivo e vários funcionários de prisões foram feitos reféns.

Pesquisas indicavam que os eleitores provavelmente respaldariam as medidas propostas por Noboa em um referendo com 11 perguntas.

Entretanto, algumas medidas foram rejeitadas pelos eleitores, como a que permitiria a contratação de trabalhadores por hora, vista por opositores como favorecendo os ricos e empresas internacionais, e outra que reconheceria a arbitragem internacional.

O Conselho Eleitoral do Equador assegurou que a votação transcorreu pacificamente e, apesar de alguns locais de votação terem sido afetados por fortes chuvas, os contratempos foram amplamente superados.

No campo da segurança, o gabinete do procurador-geral do Equador e a Polícia Nacional anunciaram a recaptura de um conhecido líder de gangue, Fabricio Colón Pico Suárez, membro dos Los Lobos, que havia fugido da prisão em janeiro. Pico, também conhecido como Captain Pico, foi detido em Puerto Quito, província de Pichincha, junto com outros dois fugitivos que o acompanhavam. Ele é acusado de planejar um ataque ao procurador-geral, entre outros crimes, e estava na lista dos criminosos mais procurados do país.

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