Ainda sem ônibus

Greve de rodoviários chega ao 3º dia, e nova reunião hoje pode definir se ônibus voltam a circular

Nova rodada de negociação está marcada para as 14h desta quinta-feira (8).

Imirante.com

Atualizada em 08/02/2024 às 06h45
Ônibus não saíram das garagens pelo terceiro dia consecutivo. (Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante)
Ônibus não saíram das garagens pelo terceiro dia consecutivo. (Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante)

SÃO LUÍS – Chegou ao terceiro dia a greve de rodoviários da Grande São Luís. Uma nova rodada de negociação está marcada para as 14h desta quinta-feira (8), para que a categoria analise a nova contraposta sobre o reajuste salarial.

Enquanto isso, os usuários do transporte público de São Luís, São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar continuam sem ônibus. Para tentar chegar ao destino, os passageiros estão buscando mototáxis, vans, táxi lotação ou transporte por aplicativo em diversos pontos da Grande São Luís.

A Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) informou que participará dessa nova rodada de negociações e que tem o compromisso de não realizar reajustes tarifários no sistema de transporte semiurbano.

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Por sua vez, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou que apresentou uma proposta de pagamento do percentual de reajuste aos rodoviários e está participando de reuniões para mediar um acordo entre as partes. A Secretaria destaca que espera que as empresas e o Sindicato dos Rodoviários cheguem a um entendimento para pôr fim à greve.

Motos, vans e carros por aplicativo são muito mais procurados em razão da paralisação de rodoviários. (Foto: Neto Cordeiro/Imirante)
Motos, vans e carros por aplicativo são muito mais procurados em razão da paralisação de rodoviários. (Foto: Neto Cordeiro/Imirante)

Reunião anterior com rodoviários não teve acordo

A reunião realizada na última terça-feira (6), que terminou sem um acordo definido, apresentou avanços. "No decorrer de toda a tarde, algumas propostas foram discutidas. Avanços aconteceram, principalmente, no que se refere aos percentuais de reajuste nos salários e no ticket alimentação, mas nada foi definitivamente acordado. Empresários e os representantes da MOB e SMTT, ficaram de se reunir e nas próximas horas, apresentar para os Rodoviários, uma proposta concreta e que atenda as reivindicações da categoria".

A categoria pediu à classe patronal reajuste salarial de 10% para os motoristas e cobradores e 20% para os motoristas que ocupam dupla função (de motoristas e cobrador). Porém, segundo o Sindicato, o SET ofereceu uma contraproposta com redução do valor do ticket alimentação, não assegurar a manutenção do plano de saúde e não ofertar qualquer percentual de reajuste nos salários, enquanto a categoria quer garantir todos esses direitos.

Descumprimento de determinação judicial

Na segunda-feira (5) o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16) determinou que 50% da frota dos coletivos circulasse na Ilha de São Luís durante o período da paralisação. Em caso de desobediência, seria aplicada uma multa diária no valor de R$ 30 mil ao Sttrema.

Além disso, o TRT-16 decretou também a proibição de atos de vandalismo ou qualquer prática que impeça a prestação do serviço de transporte público na Grande Ilha de São Luís, como operações "tartaruga", "catraca livre" ou piquetes, também sob pena de multa diária de R$ 30 mil. Apesar da determinação da Justiça, desde o início da greve, 100% da frota está paralisada.

O Sindicato dos Rodoviários chegou a afirmar que o presidente do Sttrema, Marcelo Brito, iria se reunir com os trabalhadores nas primeiras horas desta quarta, para que o percentual de 50% da frota de ônibus, que atende a Grande São Luís, voltasse a circular, cumprindo assim, a decisão judicial, porém todos os rodoviários continuam de braços cruzados.

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