Greve

Após reunião, rodoviários decidem manter paralisação no transporte público de São Luís

A reunião, realizada na tarde desta terça-feira (6), terminou sem um acordo definido, mas houve avanços.

Imirante.com

Atualizada em 29/04/2024 às 07h16
A categoria pediu à classe patronal reajuste salarial de 10% para os motoristas e cobradores e 20% para os motoristas.
A categoria pediu à classe patronal reajuste salarial de 10% para os motoristas e cobradores e 20% para os motoristas. (Foto: Nice Ribeiro/TV Mirante)

SÃO LUÍS - Após uma reunião no Ministério Público do Trabalho (MT-MA) , realizada na tarde desta terça-feira (6), o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão decidiu manter a paralisação no transporte coletivo da Grande São Luís, que teve início na manhã de hoje. 

A audiência foi conduzida pela Procuradora do Trabalho, Anya Gadelha, e contou com a presença do Presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito e de representantes do sindicato patronal (Set), Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) e Agência de Mobilidade Urbana (MOB).

Contudo, a reunião terminou sem um acordo definido, mas houve avanços. "No decorrer de toda a tarde, algumas propostas foram discutidas. Avanços aconteceram, principalmente, no que se refere aos percentuais de reajuste nos salários e no ticket alimentação, mas nada foi definitivamente acordado. Empresários e os representantes da MOB e SMTT, ficaram de se reunir e nas próximas horas, apresentar para os Rodoviários, uma proposta concreta e que atenda as reivindicações da categoria".

A categoria pediu à classe patronal reajuste salarial de 10% para os motoristas e cobradores e 20% para os motoristas que ocupam dupla função (de motoristas e cobrador). Porém, segundo o Sindicato, o SET ofereceu uma contraproposta com redução do valor do ticket alimentação, não assegurar a manutenção do plano de saúde e não ofertar qualquer percentual de reajuste nos salários, enquanto a categoria quer garantir todos esses direitos.

Nessa segunda (5) o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16) determinou que 50% da frota dos coletivos circulasse na Ilha de São Luís durante o período da paralisação. Em caso de desobediência, será aplicada uma multa diária no valor de R$ 30 mil ao STTREMA.

Além disso, o TRT-16 decreta também a proibição de atos de vandalismo ou qualquer prática que impeça a prestação do serviço de transporte público na Grande Ilha de São Luís, como operações "tartaruga", "catraca livre" ou piquetes, também sob pena de multa diária de R$ 30 mil.

Apesar da determinação da Justiça, os passageiros que foram em busca do transporte público nesta terça não encontraram nenhum ônibus em circulação.

Após a reunião no MPT-MA, o Sindicato dos Rodoviários afirmou o presidente Marcelo Brito deverá se reunir com os trabalhadores, para que também já nas primeiras horas de quarta-feira (7), o percentual de 50% da frota de ônibus que atende a Grande São Luís, volte a circular, cumprindo assim, decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão.

Sem ônibus, passageiros buscam transporte alternativo

Um dia caótico para quem depende do transporte público na Grande São Luís. Tentando não chegar atrasada ao seu compromisso, muita gente se vira do que jeito que pode com transporte alternativo. Por outro lado, há empresas fretando ônibus para buscar seus funcionários.

Este cenário se deve à paralisação de motoristas e cobradores do transporte público que atende a capital São Luís e a região metropolitana (São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa).

Algumas pessoas aguardam por veículos nas paradas, outras procuram pelas vans, pelos mototaxistas, sem falar daquelas que estão desembolsando mais com transporte por aplicativo. Os terminais de integração, enquanto isso, estão completamente desertos, ao contrário do que se vê na rotina normal da cidade.

 

 

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