Demissão de secretário deixa mais dúvidas sobre contrato de Braide com escola de educação infantil

SÃO LUÍS - A demissão de três cabeças da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) feita pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) não finaliza todo o caso da contratação do Instituto Juju e Cacaia para realizar o Carnaval de São Luís por quase R$ 7 milhões. Tirar o cantor Marco Duailibe do comando da pasta de Cultura não responde aos questionamentos sobre a contratação. Afinal, o que faria a escola de educação infantil e o que há de irregularidade no contrato para que ele fosse anulado?

A demissão de Duailibe foi comunicado a ele pelo próprio Eduardo Braide ainda na tarde da terça-feira, 30. O agora ex-secretário, porém, disse à coluna que não se manifestaria sobre o caso neste momento.

Da forma como foram as exonerações deixa a impressão de que o prefeito que passar a ideia de que houve irregularidades e os culpados foram punidos. 

Mas Braide ainda não foi as redes sociais dizer quais irregularidades neste contrato especificamente já que sua gestão tem outros contratos com o Instituto Juju e Cacaia que vão desde compra de merenda escolar (contratos com a Secretaria Municipal de Educação) até a construção de um monumento por cerca de R$ 800 mil (contrato com a Fundação Municipal do Patrimônio Histórico).

A instituição, em nota, diz que cumpriu todo trâmite e que não há ilicitude no contrato e não entendeu a anulação. 

Por fim, a demissão de Marco Duailibe não responde ao questionamento sobre o que faria o Instituto Juju e Cacaia no Carnaval, pois a festa continua e com contratos específicos para a estrutura e as atrações.

E para deixar mais estranha ainda a relação da gestão de Eduardo Braide com a escola de ensino infantil, o irmão dele, deputado Fernando Braide (PSD), indicou R$ 300 mil em emenda para o instituto fazer o São Luís Gospel de 2023.

Há muito que ser explicado para a população de São Luís, mas Eduardo Braide se cala completamente.

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