SÃO LUÍS - Depois de reagir, há duas semanas, ao desembarque do seu partido, o MDB, da base de apoio ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), o deputado - movimento que foi oficializado com um pedido de exoneração de André Campos da Secretaria Municipal Articulação e Desenvolvimento Metropolitano -, o deputado federal Cleber Verde segue tentando ter garantias da direção nacional de que os emedebistas marcharão com o atual gestor da capital nas eleições de 2024.
Em intervenção num grupo da bancada do partido no WhatsApp, o parlamentar maranhense comentou o caso de Rio Verde, interior de Goiás, em que a presidente municipal da sigla, deputada federal Marussa Boldrin, foi destituída do cargo pelo presidente estadual da legenda em Goiás, o vice-governador Daniel Vilela. O fato tem relação com divergências entre a indicada de Baleia Rossi - presidente nacional do MDB - e o grupo do governador Ronaldo Caiado sobre a sucessão na cidade.
“Minha solidariedade e apoio à deputada Marussa Boldrin. Compromisso político tem que ser cumprido”, disse Verde no grupo, antes de fazer uma ligação entre o caso goiano e o ludovicense, numa espécie de pressão a Baleia Rossi.
”Aproveito para expressar a minha preocupação diante das eleições municipais que se avizinham, face aos compromissos assumidos em especial pela executiva nacional, Baleia Rossi, no tocante à renovação do diretório provisório do MDB em São Luís", disse, marcando o líder partidário.
Verde chegou ao MDB de São Luís em maio do ano passado, com aval de Rossi, e desde então tenta levar o partido para a base de apoio a Eduardo Braide. Ele alega ter firmado um compromisso com o presidente nacional para viabilizar essa articulação - mas se viu fragilizado com a decisão de André Campos de sair da gestão da capital, ao mesmo tempo em que expirou o prazo de validade da comissão provisória presidida por ele, o que o deixou sem autoridade para falar em nome da sigla. Enquanto isso, um indicado dele, Romário Barros, segue no comando da Secretaria Municipal de Desporto e Lazer (Semdel).
“O MDB continua no governo Braide; quem saiu foi o André Campos, não o MDB”, declarou Verde, no início deste mês. “A prerrogativa é do diretório municipal; e quero que seja cumprido este compromisso firmado desde a minha transferência e garantido tanto pela executiva nacional quanto a estadual; mas vou continuar dialogando com a estadual, como fiz ontem mesmo, ao conversar com o presidente Marcus Brandão e colocar minha dificuldade em seguir com o projeto Duarte Júnior”, completou.
A declaração do parlamentar, contudo, foi confrontada na ocasião pelo vice-presidente estadual do MDB no Maranhão, deputado estadual Roberto Costa. Segundo ele, se Cleber Verde mantiver Barros na Semdel, esta será considerada uma indicação da cota pessoal deputado federal, não do partido.
Costa pontuou que uma decisão do MDB sobre nova aliança na capital maranhense passará por crivo da deputada federal Roseana Sarney, do presidente estadual da sigla, Marcus Brandão, e de todas as demais lideranças emedebista.
O deputado estadual acrescentou que não existe compromisso do presidente nacional, Baleia Rossi, com Cleber Verde para que este seja o detentor da prerrogativa de determinar o rumo do partido em São Luís. “O compromisso que há é de que o caminho a ser seguido seja aquele que for melhor para o fortalecimento do partido”, completou.
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