POLÊMICA

STF analisa nova ação contra marco temporal indígena

Três partidos apresentam ação ao STF contra a lei que define marco temporal para direitos territoriais indígenas.

Imirante

Marco temporal deve ser uma das pautas analisadas pelo STF em 2024.
Marco temporal deve ser uma das pautas analisadas pelo STF em 2024. (Foto: divulgação)

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu uma nova Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7583) desafiando a Lei 14.701/2023, que estabelece o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Segundo a lei, os povos indígenas devem comprovar sua presença nas áreas em questão desde 5/10/1988, data da promulgação da Constituição Federal.

ARGUMENTOS CONTRA O MARCO TEMPORAL

Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) são os autores da ação. Eles sustentam que a tese do marco temporal é incompatível com a proteção constitucional aos direitos dos povos indígenas. Essa visão é apoiada por decisões anteriores do STF, que concluíram que a adoção dessa data limite para a ocupação tradicional não se alinha com os direitos constitucionais dos indígenas.

Após o presidente da República vetar as regras, o Congresso Nacional derrubou os vetos, efetivando a lei. Além da ADI 7583, existem ações relacionadas em tramitação, como a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 87, que busca validar a lei, e a ADI 7582, que também questiona sua validade.

IMPACTO E CONSEQUÊNCIAS

A decisão do STF sobre essa e outras ações relacionadas terá um impacto significativo sobre a demarcação de terras indígenas e a proteção dos direitos desses povos. O debate sobre o marco temporal é central para entender o futuro das políticas de reconhecimento e demarcação de territórios tradicionalmente ocupados por comunidades indígenas no Brasil.

 

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