MANIFESTAÇÃO

Manifestantes se reúnem em protesto contra morte de jovem brutalmente assassinada no MA

O caso segue sendo investigado, mas, até o momento, ninguém foi preso.

Imirante.com, com informações do g1 MA

Atualizada em 20/12/2023 às 17h12
Manifestação realizada na praça Dom Pedro II. (Foto: Reprodução / TV Mirante) 
Manifestação realizada na praça Dom Pedro II. (Foto: Reprodução / TV Mirante) 

SÃO LUÍS - Na tarde dessa terça-feira (19), manifestantes se reuniram em protesto na praça Dom Pedro II, no Centro de São Luís, para tentar chamar atenção das autoridades sobre a violência contra a comunidade lésbica no Maranhão. A iniciativa foi tomada após a morte da jovem Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, que foi assassinada brutamente no dia 10 de dezembro. 

A jovem foi morta no município de Maranhãozinho, 236 km de São Luís. O crime aconteceu há mais de uma semana e, até o momento, ninguém foi preso. A família da jovem A diz que não possui acesso à investigação.

O pedido de agilidade nas investigações do caso rodou por todo o país, gerando manifestações também em São Paulo e no Rio de Janeiro. O Movimento 'Ocupa Sapatão' expressou sua solidariedade à família de Ana Caroline e sua companheira, solicitando, por meio de uma carta, o apoio psicológico, econômico e jurídico necessários para ajudá-los a se reerguer.

"Nós estamos tomando as ruas do Brasil, de Norte a Sul, para pedir justiça pelo caso da Ana Caroline e dizer que não será impune. Nós estaremos resistindo para que a Justiça seja feita, para que a solidariedade alcance o coração dessas famílias", disse Dayane Gusmão, manifestante do Rio de Janeiro.

Por meio das redes sociais, a ministra da Mulher, Cida Gomes, lamentou o assassinato da jovem. Em sua declaração, ela acrescentou que Ana Caroline foi morta por um crime de ódio, a Lesbofobia - quando a morte é causada por ódio contra lésbicas.

"Recebi com dor e revolta a notícia do crime bárbaro que interrompeu a vida de Ana Caroline Sousa Campêlo, 21 anos, no último domingo, em Maranhãozinho, no Maranhão, onde ela ia morar com a namorada. Um crime de ódio contra as mulheres: lesbofobia", escreveu a ministra, nas redes sociais.

A manifestação contou com a presença de um representante da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, que afirma que uma equipe foi direcionada para Maranhãozinho onde deve acompanhar as investigações sobre o caso.

Relembre o caso

O caso está sendo investigado pela polícia. (Foto: arquivo pessoal)
O caso está sendo investigado pela polícia. (Foto: arquivo pessoal)

Uma jovem, identificada como Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, foi encontrada morta no dia 10 de dezembro, no município de Maranhãozinho. Segundo a Polícia Militar, ela foi encontrada com a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas arrancados. 

Um tio da vítima, não identificado, foi quem acionou a polícia relatando o desaparecimento da sobrinha. De acordo com esse tio, a jovem desapareceu na volta do trabalho e a bicicleta e o celular dela haviam sido encontrados próximo a casa onde ela morava.

Houve uma busca na região, feita por policiais militares, para tentar localizar Ana Caroline. Segundo a PM, durante as buscas, uma vizinha teria relatado aos policiais que ouviu uma mulher chorando próxima a um rapaz em uma motocicleta. A testemunha, que não foi identificada, relatou à polícia que chegou a usar uma lanterna na direção onde estava a mulher e o rapaz na moto para tentar ver o que estava acontecendo.

Em seguida, o homem colocou a jovem na motocicleta e fugiu do local em direção a uma estrada vicinal que dá acesso ao Povoado Cachimbós, em Maranhãozinho. Após buscas na área indicada pela testemunha, os policiais conseguiram encontrar o corpo de Ana Caroline.

A jovem foi morta com requintes de crueldade e a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas haviam sido retiradas pelo autor do crime. As partes do corpo não foram encontrados no local. 

O corpo de Ana Caroline foi recolhido e levado para o Instituto Médico Legal (IML) onde vai passar por perícia. Até o momento, não há informações sobre suspeitos de terem praticado o crime.
 

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