Saúde

Urologista alerta para os cuidados com a saúde masculina e os riscos de câncer de pênis

No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem.

Publipost / Urocentro

Atualizada em 09/11/2023 às 20h58
A relação entre a fimose e o câncer de pênis está associada à higiene inadequada do órgão genital masculino. (Foto: Divulgação)
A relação entre a fimose e o câncer de pênis está associada à higiene inadequada do órgão genital masculino. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - Para além da prevenção ao câncer de próstata, o mês de novembro também é de conscientização aos cuidados com saúde íntima do homem e alerta para outras doenças como o câncer de pênis que pode ser ocasionada pela fimose. No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.

O urologista Paulo Roberto Marques, do Centro Urológico do Maranhão (Urocentro), explica que a fimose é uma condição na qual a pele que cobre a cabeça do pênis (glande) é apertada e não pode ser facilmente puxada para trás. Isso pode causar desconforto, dificuldade na higiene e, potencialmente, problemas de saúde. A relação entre a fimose e o câncer de pênis está associada à higiene inadequada do órgão genital masculino.

"Quando a fimose impede a limpeza adequada sob o prepúcio, as secreções podem se acumular e aumentar o risco de infecções, incluindo infecções pelo vírus HPV (papilomavírus humano). O HPV é um fator de risco conhecido para o câncer de pênis", afirma o médico.

A fimose pode ser importante na discussão sobre o câncer de pênis porque sua presença pode aumentar o risco de desenvolver a doença se a higiene não for devidamente mantida.

"É importante buscar aconselhamento médico se você ou alguém que você conhece estiver lidando com a fimose para discutir as opções de tratamento e prevenção", orienta o urologista.

Fatores de risco

O câncer de pênis é uma condição de saúde séria que pode ser influenciada por diversos fatores de risco. Além da infecção persistente pelo HPV e a fimose, o tabagismo é uma condição que está associada à doença.

Segundo o urologista Paulo Roberto, a idade avançada também é um fator de risco, com a maioria dos diagnósticos acontecendo em homens com mais de 60 anos. A falta de higiene adequada, incluindo problemas como fimose, pode contribuir para o desenvolvimento da doença.

Por outro lado, a circuncisão, a remoção cirúrgica do prepúcio, está associada a um menor risco de câncer de pênis. Alguns casos podem ter uma predisposição genética, embora seja um fator menos comum.

Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como herpes genital e sífilis, também podem aumentar o risco em alguns casos, assim como práticas sexuais de alto risco e múltiplos parceiros sem proteção, que podem aumentar a exposição a infecções relacionadas ao câncer de pênis. Portanto, segundo o médico, a conscientização sobre esses fatores de risco é importante para a prevenção e detecção precoce da doença.

Sinais de alerta

Segundo o urologista, alguns dos sinais de alerta incluem a presença de feridas ou úlceras persistentes na glande, prepúcio ou outras áreas do pênis que não cicatrizam dentro de um período razoável de tempo. Além disso, nódulos ou caroços palpáveis na área genital podem ser indicativos da doença.

O Dr. Paulo Roberto também explica que mudanças na cor da pele do pênis, como áreas avermelhadas ou esbranquiçadas, também merecem atenção. Coceira persistente, dor ou desconforto na área genital que não desaparece devem ser avaliados por um profissional de saúde.

Qualquer sangramento anormal, seja da glande, prepúcio ou outras áreas do pênis, deve ser motivo de preocupação. Secreção com odor desagradável é outro sintoma que requer avaliação médica. Em estágios avançados, o câncer de pênis pode levar a inchaço nas pernas devido à obstrução do sistema linfático, e a dificuldade em urinar pode ser um sintoma de câncer avançado.

“Portanto, é importante que os homens estejam atentos a esses sinais e sintomas e busquem assistência médica imediatamente se os notarem, já que o câncer de pênis, quando detectado precocemente, é mais tratável e tem uma taxa de cura mais alta”, alerta o médico do Urocentro.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de pênis é um processo que envolve uma série de procedimentos médicos. Primeiramente, o profissional realiza uma avaliação clínica, examinando o pênis em busca de possíveis anormalidades, como feridas, nódulos, inchaço ou alterações na cor da pele. Se houver suspeita de câncer, uma biópsia é realizada, coletando uma amostra de tecido da área afetada para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo e o grau do câncer.

Dependendo do estágio da doença, exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, podem ser realizados para avaliar a extensão do câncer e se ele se espalhou para os gânglios linfáticos ou outras áreas. Exames de sangue também são realizados para avaliar a função hepática e outros marcadores que podem indicar a presença de câncer.

Já sobre opções de tratamento, o urologista do Urocentro explica que elas variam de acordo com o estágio da doença e a saúde geral do paciente. Segundo o médico, a cirurgia é o tratamento mais comum para o câncer de pênis, podendo envolver a remoção de parte ou de todo o pênis, bem como a remoção de gânglios linfáticos afetados.

A radioterapia é outra opção que usa radiação de alta energia para destruir as células cancerosas, podendo ser usada como tratamento principal ou após a cirurgia. A quimioterapia, que envolve o uso de medicamentos para matar as células cancerosas, é uma escolha quando o câncer se espalhou para outras partes do corpo. Além disso, a imunoterapia estimula o sistema imunológico do corpo a combater o câncer, sendo usada em casos específicos, assim como a terapia alvo, direcionada a proteínas específicas envolvidas no crescimento do câncer.

"A escolha do tratamento depende do estágio do câncer, da localização da doença, das condições de saúde do paciente e de outros fatores. É importante discutir todas as opções com um oncologista ou urologista para tomar a decisão mais apropriada para o caso individual", acrescenta Dr. Paulo Roberto.

Detecção precoce do câncer de pênis

A detecção precoce do câncer de pênis pode ter um impacto significativo nas chances de cura e na eficácia do tratamento. Quando o câncer é diagnosticado em estágios iniciais, as perspectivas de tratamento melhoram consideravelmente.

Isso se traduz em diversos benefícios para os pacientes. Primeiramente, segundo o urologista, o tratamento tende a ser mais eficaz, pois as células cancerosas geralmente estão restritas à área genital, o que facilita a remoção. Além disso, nos estágios iniciais, é possível realizar cirurgias menos extensas, preservando uma parte significativa do pênis, o que ajuda a manter a função sexual e a qualidade de vida.

Outro benefício da detecção precoce é a redução de efeitos colaterais. Tratamentos como radioterapia e quimioterapia costumam ser menos agressivos quando o câncer está em estágios iniciais, resultando em menos efeitos colaterais e desconforto para o paciente. Além disso, a recuperação é geralmente mais rápida, e os pacientes diagnosticados precocemente tendem a enfrentar menos complicações pós-tratamento.

A detecção precoce também tem um impacto positivo na qualidade de vida a longo prazo. A probabilidade de cura é maior, e evitam-se complicações associadas a doenças avançadas. Portanto, é essencial que os homens estejam cientes dos sinais e sintomas do câncer de pênis, realizem exames médicos regulares e busquem atendimento médico ao detectar quaisquer anormalidades na área genital. A prevenção e a detecção precoce desempenham um papel fundamental na melhoria das perspectivas de tratamento e no aumento das chances de cura em casos de câncer de pênis.

Dr. Paulo Roberto Marques

O Dr. Paulo Roberto Marques, atualmente, é urologista em São Luís, atuando no Hospital São Domingos e no Urocentro. Além disso, o médico é professor do curso de Medicina, da Universidade Ceuma e seu principal interesse clínico inclui o tratamento de doenças urológicas.

Formado em Medicina pela Universidade Ceuma (2016), realizou residência médica em Cirurgia Geral e Urologia no Hospital Carlos Macieira (2017), especialista endoscopia urinária e videolaparoscopia avançada.

Dr. Paulo Roberto, médico urologista. (Foto: Arquivo Pessoal)
Dr. Paulo Roberto, médico urologista. (Foto: Arquivo Pessoal)

Urocentro

Há 25 anos o Urocentro serve a população com serviço urológico avançado e diferenciado, realizando consultas médicas, exames de imagem e procedimentos cirúrgicos.

O Urocentro conta com um corpo médico altamente especializado e qualificado para oferecer um tratamento individualizado aos pacientes.

O centro de urologia está localizado na Avenida Alexandre de Moura, 250, no bairro Apicum, em São Luís. Mais informações e consultas podem ser feitas pelos números (98) 3313-3000, (98) 2106-7777 e pelo WhatsApp (98) 98714-2126.

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