SÃO LUÍS - A senadora Eliziane Gama (PSD) passou a ser escoltada por três policiais legislativos a partir desta sexta-feira (20). Ela solicitou a segurança particular, sob a argumentação de que havia sido ameaçada de morte.
As ameaças, segundo Eliziane, ocorreram logo depois de ela ter lido o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que pede o indiciamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Gama foi a relatora do colegiado.
O presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi quem atendeu ao pedido de Eliziane e disponibilizou, de forma imediata, a escolta policial.
A escolta estará disponível a Eliziane Gama durante o período regular de trabalho no Congresso Nacional e quando ela também estiver em atividade no Maranhão ou durante voos.
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Gama afirmou em entrevista que familiares também foram ameaçados. Em um dos relatos, os criminosos teriam dito que poderiam surpreendê-la em aeroportos.
"Diante de tudo que eu recebi nesse celular e de ameaças, não há dúvida nenhuma que como alguém que tem uma família que precisa de mim, eu preciso de um apoio, de uma defesa", disse a senadora.
E completou: "Não podemos subestimar. São pessoas que pelo o que colocam não têm nenhum senso de humanidade", completou.
Investigação
A equipe de gabinete de Gama reuniu todas as ameaças que foram direcionadas à parlamentar para enviar para a Polícia Federal e para a Advocacia-Geral do Senado. É provável que uma investigação seja realizada nos próximos dias.
A senadora afirmou a imprensa que as ameaças se deram por insatisfação de militantes políticos insatisfeitos com o pedido de indiciamento do ex-presidente.
Ela afirmou que os ataques aumentavam na medida em que ela se envolvia em confrontos com os oposicionistas no Congresso.
A maranhense teve o seu relatório duramente criticado pela oposição, pelo fato de ela não ter pedido o indiciamento do general Gonçalves Dias e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), seu aliado político.
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