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Movimento de prefeitos vai além da redução do FPM

Movimento "Sem FPM não dá" acontece em 16 estados brasileiros; No Maranhão, 90% das prefeituras aderiram e buscam dá prosseguimento em pautas há anos paralisadas em Brasília.

Ipolítica

Prefeitos estão reunidos na Famem nesta quarta para organizar pauta de reivindicação
Prefeitos estão reunidos na Famem nesta quarta para organizar pauta de reivindicação (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - Cerca de 90% dos municípios maranhenses aderiram ao movimento “Sem FPM não dá” que acontece nesta quarta-feira, 30. Além do Maranhão, municípios de outros 15 estados também paralisaram as atividades administrativas para chamar atenção do Governo Federal para a perde de receitas nas cidades.

Mas para além da queda dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o chamado movimento municipalista tem outras pautas urgentes que querem que andem no Congresso Nacional.

Uma delas é a desoneração da folha de pagamento, cuja proposta tem previsão de ser votada nesta quarta. Segundo dados da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), se aprovada a desoneração, cerca de R$ 14 bilhões ficarão nas prefeituras.

Isto porque, atualmente, os encargos sociais são 22,5% da folha. Uma emenda apresentada com urgência incluiu os municípios no projeto que prevê a desoneração para 17 segmentos do setor empresarial. Pela matéria, os encargos da folha ficarão em 8% se aprovado.

Outra pauta que os municípios querem que avance em Brasília é o aumento em 1,5% do FPM. Esta Proposta de Emenda a Constituição (PEC) é de relatoria do deputado maranhense Rubens Júnior (PT), que deu parecer favorável e aguarda ser pautado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Se aprovado este reajuste, os municípios brasileiros terão R$ 11 bilhões a mais em seus orçamentos.

Para além disto, os municípios querem respostas do Governo Federal quanto a complementação salarial do piso da enfermagem. Os prefeitos dizem que os recursos da União são somente para quatro meses.

Pauta é o que não falta para os municípios buscarem mais recursos do bolo tributário, cuja maior parte fica com a União e isto é uma reclamação constante dos prefeitos.

Não parou

Poucos foram os municípios que não paralisaram no Maranhão. A capital, São Luís, por exemplo, não quis aderir ao movimento.

Os serviços estão normais. Sobre a decisão do prefeito Eduardo Braide (PSD) de não participar da ação das prefeituras, os colegas ouvidos pela coluna consideram egoísta.

Explica-se: para os prefeitos, o fato da capital não depender não isenta São Luís de unir forças pelas causas municipalista.

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