"Sem FPM não dá"

Famem decidirá se prefeituras do MA paralisarão no dia 30

Entidade vai se reunir na segunda-feira, 21, para definir se vai aderir ao movimento "Sem FPM não dá" que levará a paralisação de prefeituras em todo Brasil.

Carla Lima/Ipolítica

SÃO LUÍS - Nesta segunda-feira, 21, os membros da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) vão se reunir para definir se vão aderir a um movimento “Sem FPM não dá”, que levará a paralisação das prefeituras em outros estados do Brasil. Esta paralisação é para chamar atenção do Governo Federal para as dificuldades enfrentadas pelos municípios devido a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Entidade de municípios do Piauí confirmou participação do movimento
Entidade de municípios do Piauí confirmou participação do movimento "Sem FPM não dá"

Já confirmaram a paralisação para o próximo dia 30 de agosto a Associação Piauiense de Municípios e também a Federação das Associações de Municípios da Paraíba.

No Maranhão, a Famem deve aderir ao movimento das prefeituras. A reunião para esta definição acontecerá na segunda.

Ao Imirante, o presidente da entidade, Ivo Rezende, falou das dificuldades que os prefeitos dos municípios maranhenses estão enfrentando para manter as contas em dia.

Segundo ele, 30% das gestores maranhenses já atrasaram o pagamento de servidores devido a redução do FPM.

Como no Maranhão, a maioria das cidades dependem quase que exclusivamente do FPM, a redução têm impactado nas contas.

Entenda o FPM

Os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, através de impostos,, que são repassados a cada dez dias (por isso o nome “decêndio”), a todas as prefeituras do país. Portanto, são feitas transferências de dinheiro aos municípios – através do Banco do Brasil – a cada dia 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia num sábado, domingo ou feriado, o repasse é antecipado para o primeiro dia útil anterior.

O órgão responsável pelo cálculo dos percentuais de participação de cada município é o Tribunal de Contas da União (TCU), de acordo com o número de habitantes de cada cidade e conforme a renda per capita dos Estados. Os municípios são divididos em três categorias: capitais de estado, interior e “reserva”.

As capitais e Brasília recebem 10% do FPM. Os demais municípios brasileiros (de interior) recebem 86,4% do Fundo, enquanto os municípios “de reserva”, que possuem população superior a 142.633 habitantes, recebem tanto o percentual de participação por ser município de interior, quanto uma cota adicional de 3,6%.

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