Entrevista: promotora explica como funcionava o esquema de desvio de emenda parlamentar
Ana Carolina Cordeiro de Mesquita disse que duas entidades sem fins lucrativos estavam envolvidas no esquema que tinha a participação também de servidores de duas secretarias municipais.
SÃO LUÍS - Quatro vereadores, dois ex-vereadores, duas entidades sem fim lucrativo e duas secretarias municipais são os envolvidos num esquema de desvio de recursos de emenda parlamentar que levou a Operação Véu de Maquiavel do Ministério Público Estadual nesta quinta-feira, 10. Segundo a promotora do Gaeco, Ana Carolina Cordeiro de Mesquita, o esquema envolve o desvio de cerca de R$ 6 milhões.
Em entrevista ao Imirante, Anna Carolina Cordeiro esclareceu como funcionava o esquema. Segundo ela, o vereador direcionava o recurso da emenda parlamentar para a entidade sem fins lucrativos após o próprio parlamentar entregar um projeto ao presidente da entidade para apresentar na Secretaria Municipal de Cultura ou na Secretaria Municipal de Segurança Alimentar.
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As investigações, que tiveram início em 2021, mostra que, ao ser liberado o recurso para a entidade, vários depósitos bancários eram feitos para o vereador ou para assessores ou pessoas próximas ao parlamentar.
Ainda de acordo com a promotora, as duas entidades envolvidas não tinham estrutura física e também intelectual para funcionar e serviam somente para o desvio da verba da emenda parlamentar.
A operação alcançou a Secretaria Municipal de Cultura porque não foram repassadas as informações pela gestão pedidas pelo Ministério Público.
Afastamento
Ana Carolina Cordeiro falou ainda que o Ministério Público pediu o afastamento dos vereadores Umbelino Júnior (PSDB), Aldir Júnior (PL), Edson Gaguinho (União) e Francisco Chaguinhas (Pode), no entanto, o pedido foi indeferido pela Justiça.
Além destes quatro vereadores foram alvos da operação os ex-vereadores Ivaldo Rodrigues e Silvino Abreu. Este último estava em Palmeirândia.
Ouça aqui a entrevista:
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